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Sol, sombra e água fresca

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O verão chegou e, com ele, os condomínios precisam se adaptar à nova rotina de moradores. Saiba o que os síndicos têm feito para agradar a todos, especialmente às crianças, na estação mais aguardada do ano

Não é de hoje que os cariocas programam suas férias para o verão. Estação amada por quase todos os que moram no Rio de Janeiro (sempre tem quem prefira o frio), o período de dezembro a março coincide com as férias escolares e com as festas de final de ano.

Mas como atender aos anseios das pessoas que não viajam e ficam em seus apartamentos durante esta época? De que forma os síndicos podem se planejar para esses meses, que têm maior circulação de pessoas dentro dos condomínios, já que, quase sempre, moradores recebem familiares e amigos para uma temporada na cidade mais emblemática da estação?

Felicidade para todos

Com uma temperatura que gira em torno dos 40 graus diariamente, o verão do Rio pode não ser tão agradável quanto mostram os anúncios nas TVs e revistas. Assim, dentro dos condomínios, as piscinas passam a ser o local favorito dos moradores. Entretanto, muitas regras devem ser adaptadas para atender à demanda do período, como o horário de funcionamento das áreas de lazer, o número (ou capacitação) de funcionários para dar conta de mais pessoas (e possíveis acidentes) e limpeza mais frequente, entre outros aspectos. Além disso, como condomínios com piscina normalmente têm também churrasqueira, ainda é necessário lidar com questões como maior procura pelo aluguel desse espaço, quem pode ou não entrar no prédio para frequentar as áreas comuns etc.

Normalmente, o horário para a utilização das áreas comuns, como piscina, salão de festas e sauna, é adaptado para que os condôminos possam usar ao máximo esses espaços. Afinal, apesar do calor e do horário de verão, que deixa a cidade mais clara durante mais tempo, muitos moradores acabam não conseguindo desfrutar desses locais em razão do horário de trabalho.

Saulo Moura, síndico profissional do Condomínio Agostinho Coelho, no Leblon, que tem cerca de 100 moradores distribuídos em 13 andares, explica que, nesse período, crescem assustadoramente as solicitações para a utilização das partes comuns do edifício, para as áreas de lazer. Com aproximadamente 50 anos, a construção possui play e salão de jogos. “Inúmeras são as utilizações, seja para a realização de festividades ou simplesmente para o lazer dos condôminos e seus convidados”, conta. Já para Sérgio Pitanga, síndico profissional e há cinco anos à frente do Condomínio Sunshine Residence Service, na Barra, que conta com dois blocos, 120 apartamentos e 20 funcionários, essa é também a época de maior movimentação das academias instaladas nesses locais.

De fora para dentro

Por ser uma época de muitas confraternizações, festas e diversão, o verão também é um período em que os moradores de grandes condomínios, ainda mais os que têm infraestrutura de lazer, recebem muitas pessoas. São os amigos de outros bairros que chegam para um churrasco, os parentes que moram em outra cidade, os amiguinhos dos filhos que querem usar a piscina e as quadras, já que moram em prédios mais antigos, sem esses atrativos.

Mas exatamente pela maior movimentação, os síndicos devem ter mais cuidado com o entra e sai de pessoas, especialmente as não acompanhadas de moradores. Geralmente, é estipulado, para cada morador, um número de visitantes para usar as áreas comuns dos prédios, e eles não podem estar desacompanhados dos donos dos imóveis. No caso específico da piscina, as regras são as mesmas, para moradores ou visitantes, ou seja, o atestado médico é indispensável.

Outra regra comum nos condomínios é sobre a responsabilidade do morador pelo uso inadvertido – seja dele ou de algum convidado – das dependências do local que gere despesa para o condomínio. Todos os moradores têm o direito de receber seus convidados, desde que respeitem as normas, inclusive a Lei do Silêncio.

Saulo explica que a política de acesso dos visitantes às áreas de lazer é muito peculiar em cada edifício por força da convenção e do regulamento interno, mas, em linhas gerais, em alguns edifícios, os visitantes não têm os mesmos direitos de utilização de partes comuns como os condôminos ou moradores do edifício. Além disso, com a chegada deste período, é intensificada, de maneira exaustiva, a questão da segurança. Para tanto, todos
os empregados são orientados a identificar previamente os visitantes e só permitem seu acesso mediante autorização expressa dos moradores. “Também buscamos políticas de colaboração perante os moradores no sentido de informar ao síndico os nomes das pessoas que vão receber em seus apartamentos, para que possamos manter em arquivo esses dados, caso haja a necessidade de alguma demanda. Em se tratando de visitantes estrangeiros, nossos edifícios solicitam a documentação destes, conforme previsto na legislação vigente”, complementa.

Crianças são as mais beneficiadas

Não há dúvida de que quem mais se diverte no verão, especialmente nos condomínios, são as crianças. Basta entrar em um desses locais para perceber que estão sempre unidas, correndo por todos os lados e usufruindo de cada espaço de lazer. Sérgio Pitanga conta que as crianças, além da piscina, utilizam muito a quadra de futebol e o parquinho infantil durante essa época. Além disso, no Sunshine, por exemplo, existe, ainda, um projeto para fazer um torneio de futebol para os pequenos.

Regras e horários

Por causa do maior movimento das áreas de lazer, é normal que os condomínios alterem os horários dos espaços comuns. Com mais pessoas circulando por todos os lados, é natural, também, que essa mudança exija, muitas vezes, modificações no quadro de funcionários.

Mas cada caso é um caso. Em alguns condomínios, o efetivo normal já é compatível com as necessidades durante todo o ano, inclusive para o verão. Outros preferem diminuir o número de colaboradores ao longo do ano e contratar, no período de dezembro a março, mais pessoas apenas para os espaços de lazer, como piscinas, quadras, salão de festas e churrasqueira.

No Sunshine, Sérgio Pitanga conta que o horário da piscina muda, com manutenção toda segunda-feira, e nos demais locais existe uma programação de limpeza, tudo com o mesmo número de funcionários. Além disso, os horários para a utilização dos espaços também são alterados: o fechamento da piscina passa de 17h para 20h, e a academia e a sauna, de 22h para 23h.

Para o condomínio do Leblon, Saulo explica que sempre procura atuar com planejamento e previsibilidade, ou seja, muito antes dessa época de festividades ou férias, colocam o condomínio para funcionar de maneira a atender todos os condôminos e seus visitantes de forma satisfatória. “Além da manutenção mensal necessária nos espaços nessas datas especiais, também intensificamos a diária, ou seja, antes da utilização dos espaços, nossos colaboradores fazem um checklist nesses equipamentos para que estejam sempre em pleno funcionamento. Procuramos também dar o máximo de capacitação a nossos empregados, para que não precisemos aumentar nossa demanda. Costumamos dizer que, com capacitação, todos lucram, ou seja, o condomínio ganha empregados preparados e comprometidos e os empregados enriquecem seu conhecimento”, complementa.

O espaço mais disputado

Sem dúvida, a estrela da estação nos condomínios é a piscina. Local preferido de 10 entre 10 pessoas que querem se refrescar, o espaço tem movimentação em praticamente todos os horários do dia. Entretanto, é preciso uma série de cuidados para que a diversão não se transforme em problema.

Mário Jorge Veloso, sócio-diretor da Mavel Administração e Manutenção Ltda., que realiza manutenção de piscinas e terceirização de mão de obra para condomínios, explica que, como as piscinas são mais usadas nesse período, é necessário uso mais intenso de produtos químicos para manter a água em condições de balneabilidade, além de mais tempo com as bombas funcionando para maior filtração das águas.

Responsável pela conservação de piscinas de inúmeros condomínios, ele comenta que, entre as solicitações mais frequentes dos síndicos durante essa época, estão maior atenção dos guardiões para cumprir o controle de usuários nas piscinas, já que existe um aumento considerável de frequentadores, e, é claro, manter as piscinas claras e transparentes.

Questionado sobre quais conselhos daria aos síndicos para o verão, Mário Jorge recomenda que sejam verificadas as casas de bomba e se todos os equipamentos estão funcionando corretamente, a fim de evitar, em pleno verão, que se interditem as piscinas para a manutenção de bombas, filtros etc. Ele lembra também que deve ser cobrada da empresa de manutenção contratada a utilização correta dos produtos químicos para que a água fique nas condições estabelecidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA), antiga Feema. “Além disso, devem ser solicitados, das empresas, as certidões negativas pertinentes e o registro de funcionários, para evitar a contratação de firmas que possam trazer problemas para o condomínio. Deve ser cobrado, ainda, um seguro que cubra casos em que os empregados dessas terceirizadas causem danos ao patrimônio, nesse caso, a área da piscina”, fala.

Já Sérgio Carlos Burdman, diretor da Polifibra Plásticos Reforçados Ltda., que fornece material e mão de obra para áreas de lazer como piscinas, banheiras, brinquedos de madeira e plástico, entre outros itens, explica que aconselha o síndicos a fazerem a manutenção preventiva dos equipamentos de piscina e fitness e dos brinquedos, para que não haja preocupação nessa época do ano em razão do aumento da utilização pelos moradores.

Burdman lembra, ainda, a importância de os condomínios se adaptarem à Lei 6.772, de 9/5/2014, publicada pelo governo do estado do Rio de Janeiro, que fala sobre a obrigatoriedade da implantação do botão de pânico nas piscinas de uso comum. “Todos os condomínios precisarão se ajustar a essa lei, com o risco de o Corpo de Bombeiros interditar e multar o síndico, civil e criminalmente, caso não cumpra a exigência”, complementa. Além do botão, Sérgio fala sobre outros itens indispensáveis, como a escada de salva-vidas e o kit primeiros socorros. “A Polifibra presta consultoria e assessoria desde o desenvolvimento do projeto até o fornecimento e a instalação do botão de pânico, com garantia e averbação do serviço perante o Corpo de Bombeiros”, finaliza.

Ideias para os síndicos

Embora seja um período em que as pessoas fiquem mais receptivas a novos códigos de convívio, é sempre bom lembrar algumas regras da boa vizinhança que podem evitar muitas dores de cabeça para os síndicos. A seguir, algumas ideias que certamente podem fazer esses dias de verão mais felizes e tranquilos para todos.

• Procure deixar claro, por meio de cartazes, que produtos não podem ser utilizados nas piscinas, como bronzeadores, clareadores, cremes e afins.

• Informe sobre a importância de manter as dependências do condomínio limpas. Isso vale para os que saem da piscina sem se enxugar e molham portarias e demais áreas.

• Visitantes são bem-vindos, desde que sua presença seja devidamente informada pelo morador que vai recebê-lo.

• Procure manter a calma quanto às reclamações de moradores. Sempre vão existir os que não usufruem das opções de lazer e fazem questão de reclamar, a todo momento, do barulho de crianças etc., mesmo nos horários permitidos.

• Apesar da alegria da estação, limites de horário para a utilização dos espaços comuns, assim como o respeito à Lei do Silêncio, devem ser preservados. Evite o famoso “jeitinho” que alguns moradores certamente vão insistir para que aconteça.

• Proíba caixas de som em ambientes comuns. Afinal, uns gostam de rock, outros de pagode, entre outros ritmos. Para evitar problema, não permita caixas de som nesses locais. Quem quiser ouvir música que leve seus fones de ouvido e divirta-se com o som que preferir.

• Aumente a luminosidade de ambientes como piscinas, quadras e praças internas. Afinal, sendo uma estação em que as pessoas saem mais, esses locais terão mais movimento mesmo depois de anoitecer.

• Se possível, faça uma espécie de cartilha para os pais orientarem os filhos sobre a questão da segurança e entregue-a com a taxa condominial mensal.

• Crie um canal de comunicação com os moradores, algo como um e-mail especialmente feito para esse período. Dessa forma, todos poderão dar sugestões ou fazer reclamações de maneira mais direta.

• Agende datas e eventos para a confraternização entre os moradores, como enfeitar o condomínio para o Natal; blocos de carnaval; festa de réveillon; churrascos coletivos; campeonatos esportivos para crianças e adultos; colônia de férias; festivais de música etc.

• Embora não seja papel do síndico orientar o morador sobre economia de energia, faça cartazes que falem sobre a importância de desligar aparelhos de ar-condicionado, ventiladores e outros aparelhos elétricos quando não houver ninguém no local. Economizar energia é de suma importância para todos, não apenas para os moradores de determinado local.

• Deixe claras as regras para o uso de churrasqueira e salão de festa, respeitando a Lei do Silêncio e a prioridade do espaço para quem o solicitar primeiro.

• Caso precise de cota extra para a contratação de funcionários para limpeza por causa da maior circulação de pessoas ou de guardião de piscinas e quadras, informe antecipadamente aos condôminos. Isso vai fazer com que se programem e saibam onde seu dinheiro será aplicado.

• Oriente os porteiros sobre a importância deles na manutenção das regras para a boa convivência. Explique como devem agir com o morador caso vejam algo errado e que é fundamental informar aos responsáveis pelo condomínio o ocorrido. Espalhe pelo condomínio, especialmente nas portarias e nos locais de circulação de crianças, as regras de boa convivência. Afirme que se todos seguirem tais regulamentos, os dias de verão serão mais proveitosos e felizes.

Espalhe pelo condomínio, especialmente nas portarias e nos locais de circulação de crianças, as regras de boa convivência. Afirme que se todos seguirem tais regulamentos, os dias de verão serão mais proveitosos e felizes.

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