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Um trabalho em prol do coletivo

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14/09/2015 O Flumimense

Cuidar do patrimônio dos vizinhos, coordenar e acompanhar reformas, pagar as contas em dia e principalmente administrar pessoas, tentando atender a todas a demandas de forma justa. E isso com poucas vantagens em meio às obrigações que o cargo possui. Este é o papel do síndico, responsável por manter valorizado o patrimônio de inúmeros proprietários.

O síndico precisa acima de tudo entender o interesse comum, mas para aceitar este cargo é preciso estar pronto para se dedicar aos deveres frente aos condôminos. É quase como um segundo emprego e um trabalho de gestão como o que é realizado pelos síndicos Marcelo Maia e Jane Morais.

Marcelo Maia destacou quais as principais atribuições que cabem a um síndico. “As principais atribuições de um síndico são de defender os interesses comuns, fazer cumprir as regras, zelar pelo patrimônio, manter sempre as contas saudáveis, cobrar dos condôminos as suas obrigações e prestar contas em assembleia de tudo que acontece internamente”, destacou, citando o motivo pelo qual aceitou administrar o patrimônio de todos os vizinhos.
“Aceitei o cargo principalmente porque gosto de desafios”, completou.

O síndico afirmou que o responsável por um prédio possui poucas vantagens, como ter o pagamento do condomínio abonado. “Normalmente, a falsa vantagem seria um pró-labore que pode ser simplesmente uma isenção de cota condominial, um valor estipulado na Convenção, ou até mesmo não receber nada, como já foi meu caso quando era síndico de um condomínio em Resende-RJ, o que aceitei com o intuito básico de melhorar o condomínio que passava por dificuldades e que estava desvalorizando meu patrimônio. Mas se todos conhecessem bem todas as atribuições de um verdadeiro síndico não arriscariam assumir por tão pouco ou nada”, enfatizou.

Jane Castro, de 67 anos, que também trabalha como assessora parlamentar da Alerj, abriu mão inclusive da isenção do condomínio, pagando a menor taxa do local. “Não recebo nenhuma vantagem, eu abri mão de tudo, eu tenho um emprego e não sou síndica, trabalho como assessora parlamentar na Alerj. A única coisa que os síndicos fazem é não pagar taxa do condomínio, e eu propus pagar a menor taxa. O condomínio é pago de acordo com o metro quadrado”, explicou.
Ela ressaltou ainda que o tempo de mandato do síndico costuma ser anual. “As eleições ocorrem uma vez por ano. Nós fazemos um sorteio anual ainda para definir as vagas, para ninguém ser prejudicado. Temos um regimento interno do condomínio. O proprietário pode ser eleito se estiver em dia. O inquilino pode ser eleito apenas se o proprietário autorizar com uma procuração”, revelou.

Já Marcelo Maia destacou que, em seu condomínio, as eleições ocorrem a cada dois anos. “Depende do que estiver na Convenção do condomínio, mas normalmente as eleições são anuais ou de 2 em 2 anos, podendo o síndico reeleito ficar por vários mandatos sem um limite pré-determinado”, destacou.

Ele ainda explicou como são feitos os cálculos para definir o valor da taxa de condomínio e que estão sempre em contato com a administradora para analisar receitas e despesas. “Sempre temos que estar ligados nos dissídios coletivos das categorias que prestam serviços diretos, que são o grande vilão, o qual gera em torno de 60% dos gastos mensais, e a energia elétrica. O restante, tiramos uma média anual e uma projeção da inflação. O ideal é sempre estar em harmonia com a administradora, pois ela é sempre importante na hora de analisarmos a receita e os gastos para os próximos 12 meses”, contou, sendo completado por Jane. “Antes de haver a eleição do síndico, eu levanto os gastos que ocorrem e em seguida vemos o que irá subir naquele ano, como água e luz. A administradora faz este cálculo e assim eu faço essa conta.”, disse.

Jane ainda cita o fato de que dividir responsabilidades ajuda na tarefa de administrar o edifício. “Na realidade, no meu prédio, na reunião aparecem poucos e não tenho nem subsíndico. Estou no meu terceiro mandato. Você passa a confiar nas empresas que tomam conta da portaria e da limpeza. Assim, dividimos responsabilidades, o que facilita meu trabalho. Tem que ser enérgica. Comigo tem que ser direito, mas não tenho do que reclamar das empresas de serviço terceirizados que trabalham no prédio. Além disso, temos um livro de reclamações para registrarmos os problemas e discutirmos em reunião”, relatou.

Marcelo comentou sobre a contratação de um síndico profissional, o que não ocorreu em seu edifício, mas que é visto com bons olhos por ele, se não existir ninguém capacitado para a função. “No meu condomínio não, mas acho muito válido a contratação quando não se tem ninguém capacitado para tal função. A função de síndico em um primeiro momento parece simples, mas se todos conhecessem todas as leis que regem um condomínio pensariam duas vezes”, analisou.

Ambos os síndicos relataram que já ouviram coisas absurdas no cargo, mas ressaltaram que não era nada impossível de resolver. “Engraçado como nos meus 3 anos como síndico nunca tive nada que realmente fosse fora do comum para resolver. Já escutei, sim, coisas absurdas para fazer na estrutura da garagem do condomínio para unificá-la, já que tenho duas entradas independentes e cheguei a ouvir se não dava para quebrar a laje e unificá-las como se fosse simples e de baixo custo, sem parar para pensar que perderíamos várias vagas e não mais caberiam todos os veículos do condomínio”, relatou. “Não, neste condomínio não houve nenhuma situação complicada. É uma dor de cabeça sim, mas é tudo muito tranquilo”, completou Jane.

Os dois não titubearam ao afirmar se era mais complicado administrar as contas dos respectivos condomínios ou buscar sintonia entre os moradores. “Buscar sintonia entre os condôminos é muito mais complicado”, declarou Marcelo. “Sintonia entres os condôminos é muito difícil, pois você tem que coordenar os problemas entre os moradores, reunir para resolver. As pessoas só sabem reclamar, fica difícil administrar isso e resolver tudo. Tentamos fazer o melhor com todos sempre”, concordou Jane.

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