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Crise do lixo

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Dívida da prefeitura afeta coleta e acende discussão sobre a produção de lixo

No início de abril, o carioca se deu conta de que produz muito lixo diariamente. A falta de coleta em alguns lugares da cidade incentivou muitas pessoas a repensarem sua geração de lixo diária. O que é realmente necessário consumir?

A reflexão sobre o tema foi iniciada por conta da dívida da Prefeitura com a empresa responsável pelo Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica,
a Ciclus.

A história ficou meio confusa para muitas pessoas, afinal, quem recolhe o lixo não é a Comlurb!? Sim, mas funciona da seguinte forma: a Comlurb recolhe o lixo pela cidade e o leva até as estações de transbordo. Ao todo, são cinco: Bangu, Marechal Hermes, Santa Cruz, Jacarepaguá e Caju. Desses locais, o transporte do lixo até Seropédica é feito pela Ciclus, que atua com cem carretas.

Com a crise, a empresa reduziu a frota para 30%. Depois de a Prefeitura pagar a primeira parcela dos débitos, a Ciclus começou a operar com 40% dos veículos. Com a quitação da segunda parcela, passou a operar com 50% da capacidade e, segundo a empresa, caso o pagamento total de R$ 30 milhões prometidos pela Prefeitura fosse feito, a Ciclus voltaria a atuar com 100% da frota (até o fechamento desta edição essa atualização não tinha ocorrido).

Por causa da redução no número de caminhões que fazem o transporte dos resíduos, as estações de transbordo ficaram lotadas de lixo e quatro delas chegaram a ser fechadas. Com isso, a coleta em alguns bairros não foi feita. O resto todo mundo já sabe: montanhas de lixo espalhadas nas calçadas.

Quanto lixo você produz?

Geramos uma quantidade absurda de lixo todos os dias, e se observarmos atentamente dois ou três dias nossa produção, provavelmente, ficaremos chocados. Quanto disso poderia ser evitado?

Faça uma avaliação de quantas sacolas plásticas, por exemplo, você usa. Elas são realmente necessárias? Não poderia trocá-las por uma de tecido? Quantos objetos descartáveis você usa semanalmente? Poderia substituí-lo por um lavável? Você reutiliza papéis como rascunho? Só imprime se for realmente necessário? Separa o lixo efetivamente reciclável? Descarta eletrônicos nos locais corretos? Evita jogar lixo na natureza?

Empresas dão mau exemplo

Muitas empresas dão maus exemplos ao vender seus produtos com excesso de embalagens, algo totalmente desnecessário e que vai parar no lixo quase que imediatamente. Veja as embalagens de pasta de dente, por exemplo. Para que a tal caixa de papelão? Quanto às roupas: para que tantas etiquetas? No mercado: por que legumes em tantas embalagens desnecessárias?! É preciso acordarmos para a necessidade de produzirmos menos lixo. O planeta clama por essa consciência, e cada um de nós tem de fazer sua parte.

Síndicos devem estar atentos à reciclagem 

Todo síndico atento deve incentivar a reciclagem em seu condomínio. E independentemente de quem vai recolher o lixo, se uma cooperativa, a Comlurb ou mesmo se os funcionários vão vendê-lo, é importante separar de forma correta. Vejamos o que deve ser separado:

Plástico – garrafas pet, embalagens de xampu e de produtos de limpeza, baldes e afins são os mais reciclados. As embalagens de salgadinhos e biscoitos, apesar de indicarem que são recicláveis, têm sido muito pouco reutilizadas, mas, mesmo assim, o usuário deve separá-las, pois, dessa forma, teremos menos plástico no meio ambiente, o que evita contaminação e agressão à fauna.

Metais – são bem reciclados e valorizados no mercado. No caso das latinhas de alumínio, por exemplo, quase 100% delas retornam à cadeia produtiva por meio da reciclagem. As latas de achocolatado, leite condensado, ervilha e milho, por exemplo, também são reaproveitadas e devem ser mandadas para a coleta seletiva.

Vidros – devem ser enviados para a reciclagem.

Papéis – devem ir para a reciclagem. Exemplos: jornal velho, caixas de papelão, folhas de sulfite usadas e embalagens longa vida.

Óleo usado – nunca o descarte no ralo, pois uma pequena quantidade de óleo é capaz de contaminar milhares de litros de água. Ele deve ser guardado em recipientes com tampa e levado a pontos de coleta especializados.

Pilhas e objetos eletrônicos – devem ser separados e entregues em locais específicos que coletam esse tipo de resíduo, pois representam sério risco de contaminação ambiental e à saúde caso descartados e manuseados de maneira indevida.

Lâmpadas – precisam de descarte específico, pois, caso quebradas, sobretudo as fluorescentes, liberam componentes químicos altamente contaminantes e prejudiciais à saúde humana. As de LED são mais facilmente recicláveis. Devem ser manuseadas com cuidado e descartadas apenas em postos específicos para esse tipo de resíduo.

 

Lavar ou não lavar, eis a questão

Tecnicamente falando, não é necessário lavar as embalagens que serão recicladas. Elas serão higienizadas para esse fim. Entretanto, como serão manuseadas por pessoas, e com o intuito de evitar a proliferação de insetos e outros animais, aconselha-se que o excesso de resíduos orgânicos seja retirado. Medidas simples ajudam, como deixar o recipiente dentro da pia enquanto se lava a louça. Com essa água uma higienização básica é feita.

 

 

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