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Impermeabilizar é fundamental

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Período de chuvas pode agravar infiltrações e gastos com obras emergenciais podem ser 12 vezes maiores do que a manutenção.

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O concreto não é 100% impermeável, e quando chega a época das chuvas alguns problemas se agravam. É quando começam a aparecer as manchas nos apartamentos da cobertura, a goteira na garagem, o mofo nas paredes, a pintura descasca na fachada. Muitos desses transtornos podem estar relacionados com falta de impermeabilização. “Pequenas infiltrações, mofo e bolor são como uma febre baixa que avisa ao corpo que temos um problema. E se não cuidarmos teremos sérios desdobramentos. Manter a proteção da impermeabilização evita a aceleração dos desgastes e, em consequência, a necessidade de refazê-la”, afirma o diretor da KM Impermeabilizantes, Kenedy Mendonça.

Mesmo com a crise que assola o país e o dinheiro curto para administrar o condomínio, os síndicos não devem descuidar da manutenção. Não fazer a impermeabilização, por exemplo, pode custar caro no futuro. Encarada muitas vezes como uma obra dispensável, as pessoas só lembram que precisam proceder à impermeabilização quando aparecem os problemas. No entanto, a prevenção é sempre o melhor remédio, inclusive para o bolso. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), a cada dez pessoas que procuram produtos para esse tipo de obra, sete já estão com graves problemas de infiltração. Só para se ter uma ideia, o custo inicial da impermeabilização, previsto numa obra residencial, varia de 1% a 3% do orçamento total, enquanto os gastos futuros, decorrentes da má impermeabilização ou da falta dela, podem superar os 12%.

Para a administradora e síndica profissional Márcia Montalvão, a infiltração é um dos casos mais complexos para se resolver em um condomínio, isso porque a água acha caminhos que dificultam muito a identificação da origem do problema. “Quem entende um pouco sobre infiltração concordará comigo que o ideal é que o problema não apareça. Culturalmente a obra de impermeabilização é adiada. A falta de conhecimento e o custo, muitas vezes elevado pelo tempo sem intervenção, aumentam a complexidade. Para que isso não ocorra, precisamos ser assertivos na intervenção, pontual ou geral, para sanar o problema.”

As lajes que não possuem impermeabilização podem apresentar rachaduras e trincas, reduzindo de maneira significativa sua durabilidade. O impermeabilizante para laje exposta evita o desgaste do material e ainda valoriza o imóvel. Para o diretor da KM Impermeabilizantes, empresa que está no mercado desde 2008, “toda estrutura de concreto exposta à chuva e carga de água deve ser impermeabilizada, pois, além dos problemas estéticos, as infiltrações também atacam as ferragens, fazendo com que aumentem de tamanho por causa da ferrugem e da quebra gradual do concreto que fica no entorno, comprometendo, assim, a vida útil da estrutura”.

O arquiteto Herval Luiz Vasco, sócio-diretor da Carmel Construtora, afirma que é importante fazer a impermeabilização não só na laje, mas em todos os locais que fiquem expostos à chuva ou à umidade, como o playground, o terraço, o telhado, a caixa-d’água suspensa, a cisterna, a calha de águas pluviais, a piscina, o lago etc. “Nenhuma infiltração acontece de um dia para o outro. Devemos ficar muito atentos quando se observam erupções da massa ou da pintura da parede, do teto ou umidade ascendente no ‘pé’ das paredes, nas superfícies e revestimento soltando.”

Entretanto, antes de adquirir qualquer produto no mercado é importante contratar uma empresa especializada. Existem várias opções de impermeabilização que utilizam material diferente. Mesmo nos prédios que têm telhado, as lajes precisam estar impermeabilizadas, visto que muitas telhas, com o tempo, podem quebrar, permitindo que a água penetre e acumule na laje.

Outra orientação importante: antes de sair corrigindo as marcas visíveis de infiltração nas paredes, é necessário descobrir a origem real do vazamento. Márcia é proprietária da empresa Sindmar, que atende condomínios residenciais, mistos e flats nas zonas norte, sul e oeste e no Centro da cidade. Ela alerta que é importante que a obra seja feita sempre com um especialista. “Entendo que o síndico deva respeitar as especializações de cada profissão. Da mesma maneira que não se pode dar a um arquiteto a responsabilidade de uma ação judicial, não é qualquer profissional que pode realizar um trabalho de impermeabilização. Além de saber qual produto usar, o profissional deve saber aplicá-lo, caso contrário, o barato acaba saindo caro, pois pode-se perder o produto e ter retrabalho para solucionar o problema.”

O sócio-diretor da Carmel Construtora concorda com Márcia. Para ele, poupar e não fazer a manutenção da forma correta pode sair mais caro para o condomínio. “Os custos de refazer são maiores que os custos de manutenção periódica. Devem-se procurar firmas experientes e especializadas para não desperdiçar recursos. Conhecimento é tudo.” Qualquer furo, rasgo, instalação de equipamento sobre a massa, como antenas e gradis, pode comprometer todo o sistema. Kenedy, da KM, também acredita que não fazer a manutenção de forma correta pode gerar um grande prejuízo. “A impermeabilização é um sistema vasto, e avaliar um serviço dessa magnitude só pelo preço pode causar um novo custo em breve. Indico sempre que possível uma consultoria que faça o estudo e as recomendações do melhor sistema a ser empregado, para posteriormente buscar a empresa aplicadora. Assim, todas darão orçamento com base no mesmo sistema.”

Um trabalho bem-feito e com manutenção periódica acaba tendo uma vida longa. De acordo com o sócio-diretor da Carmel Construtora, a impermeabilização com manta asfáltica tem boa durabilidade, em geral é realizada durante a execução da obra e é um dos sistemas mais utilizados no Brasil. “Falando da impermeabilização com manta asfáltica, que leva recobrimento de argamassa, desde que bem aplicada, de acordo com as normas do fabricante e preservada de ações externas contundentes, o prazo de garantia do fabricante é de cinco anos, mas tenho manta asfáltica aplicada há mais de 30 anos”.

Convém lembrar que para a escolha do material é importante considerar o tipo de uso da laje e as exigências que ela terá. De acordo com o especialista da Carmel Construtora, é preciso analisar a estrutura do concreto e o produto que vai ser aplicado. “Em se tratando de outros produtos à base de cimentos especiais com aditivos minerais, os semiflexíveis possuem menor prazo de garantia e necessitam de manutenção periódica de dois a três anos em média. Mas as autovistorias e o acompanhamento do bom uso das áreas impermeabilizadas podem aumentar consideravelmente a durabilidade delas”, explica Herval.

A impermeabilização com membrana de silicone é uma novidade no mercado brasileiro e é indicada para proteger superfícies como lajes, com a vantagem de o silicone poder ser aplicado com equipamentos semelhantes aos da membrana acrílica. O silicone é resistente à água e às agressões climáticas intensas. Muitas empresas trabalham com material importado e estão sempre lançando novidades no mercado. “Eu vejo tanto os poliuretanos para impermeabilizar lajes sem necessidade de proteção quanto as injeções de poliuretano para estancar infiltrações em subsolos e reservatórios sem precisar esvaziá-los, opções que vêm ganhando muitos adeptos no mercado e que oferecem muita qualidade e eficiência”, ressalta o diretor da KM.

Estar com a manutenção sempre em dia e fazer as obras com empresas especializadas é fundamental para ter uma impermeabilização eficiente. Tanto Kenedy quanto Herval sugerem que os síndicos pesquisem sobre as empresas e exijam delas certidões, documentos e atestados técnicos antes de fechar um contrato. Ao designar uma empresa, o síndico também deve exigir que o profissional que aplica o impermeabilizante utilize os equipamentos de proteção individual (EPI). “Quando prestamos serviço para construtoras ou órgãos públicos, temos de apresentar toda a documentação. Se os condomínios agissem com o mesmo rigor, poderiam evitar alguns transtornos”, afirma Kenedy. “O barato sempre sai mais caro quando o serviço é feito por aventureiros”, conclui Herval. Além disso, obras bem-feitas aumentam a longevidade do imóvel e melhoram a qualidade de vida dos moradores, visto que o excesso de umidade pode provocar uma série de problemas de saúde, em especial, os respiratórios.

 

Serviços:

Carmel Construtora Ltda.
(21) 3205-4575/99975-2285
[email protected]

KM Impermeabilizantes
(21) 2627-9264/99011-0669
kmimper.com.br

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