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Pastilhas em fachadas: charme, tradição e muitos desafios para os síndicos

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Reformar esse tipo de revestimento exige planejamento, técnica e comprometimento

Muito presentes nos edifícios do Rio de Janeiro, especialmente aqueles construídos nas décadas de 1960 a 1980, os revestimentos de pastilhas conferem identidade e charme às fachadas. No entanto, com o passar do tempo, esse tipo de acabamento pode apresentar problemas como descolamento, infiltrações e deterioração do rejunte, exigindo atenção constante dos síndicos e, muitas vezes, grandes reformas.

Para entender melhor os riscos, as soluções técnicas disponíveis e os cuidados preventivos que ajudam a prolongar a vida útil das fachadas, a revista Condomínio etc. ouviu duas empresas especializadas em engenharia predial, ambas com ampla experiência em condomínios. No texto a seguir, elas compartilham orientações valiosas para quem administra um prédio com esse tipo de revestimento e precisa decidir entre restaurar ou reformar, sempre com segurança, planejamento e qualidade. 

Para falar sobre os desafios práticos dessa realidade, também conversamos com a síndica profissional Larissa Azevedo, que está conduzindo a reforma da fachada de um edifício neste exato momento.

Segurança, diagnóstico técnico e transparência

Segundo Paulo Rafael Pimentel Nunes, sócio-diretor da RJ Construfort, os primeiros sinais de que há algo errado costumam aparecer em forma de desplacamento de pastilhas, trincas em quinas ou fissuras em vigas e sacadas. “Quando surgem esses indícios visíveis, é sinal de que a deterioração já está avançada. A intervenção técnica precisa ser imediata”, alerta.

Para ele, o procedimento ideal nesses casos é uma restauração completa, e não apenas reparos pontuais. “Quando o desgaste aparece a olho nu, certamente há muitos outros pontos comprometidos que só podem ser identificados com um teste de percussão feito por um técnico especializado. O serviço deve incluir a remoção de partes soltas, limpeza com hidrojateamento de alta pressão, a retirada de rejunte deteriorado, a aplicação de novo rejuntamento e a finalização com resina acrílica ou silicone líquido, criando uma camada repelente à água.”

Além do cuidado técnico, Paulo enfatiza a importância da segurança durante a obra: “É fundamental utilizar equipamentos suspensos adequados, telas de proteção e sinalização. A parte inferior da fachada deve ser interditada nas áreas em que os trabalhos acontecem. A segurança do entorno e da equipe é prioridade absoluta.”

 

A importância do material certo 

Na Fetec Reformas de Fachadas, o processo de decisão sobre manter ou substituir o revestimento começa com uma análise criteriosa do local. “Usamos o teste de percussão para detectar partes ocas ou comprometidas. Se o revestimento ainda estiver firme, é mantido. Só substituímos quando for realmente necessário”, explica Felipe Reinaldo, sócio-diretor da empresa.

A escolha do material é outra etapa crucial. Felipe detalha as diferenças entre os tipos de argamassa colante, recomendando o uso da ACIII ou da AC3E para fachadas, por sua resistência a intempéries e maior poder de aderência. Quanto aos rejuntes, os mais indicados para pastilhas são os tipos cimentício, acrílico e epóxi. “O rejunte certo absorve a dilatação térmica e evita rachaduras ou desplacamentos”, pontua.

Ao contratar uma empresa para esse tipo de obra, o síndico deve ir além do preço. “É essencial verificar se a empresa tem registro no Crea, engenheiro responsável, certidões negativas atualizadas, histórico de obras semelhantes e tempo de mercado. As garantias devem ser claras e começar a valer somente após a entrega e a aprovação da obra, sempre formalizadas por contrato com testemunhas. E é recomendável que o jurídico da administradora revise o documento antes da assinatura.”

Larissa Azevedo, síndica profissional à frente da Dharma Condo Gestão Humanizada, administra 20 condomínios e está, atualmente, conduzindo uma reforma de fachada em um prédio com revestimento de pastilha. “Os primeiros sinais foram relatados por moradores e funcionários: pastilhas se desprendendo, infiltrações, pontos de descolamento… Fizemos uma inspeção técnica com teste de percussão, que confirmou o risco de queda de revestimento. Não era mais uma escolha, e, sim, uma responsabilidade.”

A escolha da empresa foi feita com muito critério. “Analisamos históricos de obras, a estrutura, o tempo de mercado e o cumprimento de normas técnicas. Demos preferência a empresas que apresentaram um cronograma claro e um plano de comunicação com os condôminos. Transparência e responsabilidade foram fundamentais para nossa decisão.”

Larissa destaca os desafios que envolvem esse tipo de obra: “É preciso conciliar segurança e a rotina dos moradores. O uso de andaimes, o barulho, o impacto visual… Tudo isso precisa ser bem informado. A retirada e a reposição das pastilhas exigem precisão técnica, e o clima também influencia muito no cronograma.”

Para os síndicos que ainda estão adiando esse tipo de obra, ela faz um alerta: “Adiar pode sair mais caro e perigoso. A fachada não é só estética, é estrutura, proteção e segurança. O ideal é agir com base técnica, apresentar dados aos moradores, planejar com clareza e buscar engajamento. Quando a gestão se comunica bem com os condôminos, todos entendem que estão investindo em algo essencial.”

Reformar uma fachada revestida com pastilhas é uma tarefa que exige mais do que recursos: pede conhecimento técnico, planejamento detalhado e parceiros de confiança. Com o apoio de empresas experientes e o compromisso de síndicos atentos, é possível preservar o patrimônio, garantir a segurança e manter o charme arquitetônico dos prédios cariocas com responsabilidade e qualidade.

 

Serviço: 

Fetec
(21) 3281-2703.
fetecrj.com.br
@fetecreformasdefachadas

 

RJ Construfort
(21) 3588-9331/97531-7459
rjconstrufort.com.br
@Rjcfort

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