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Caminhando e cantando | Corais viram febre em condomínios da Barra

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No nosso imaginário, os corais parecem funcionar apenas na época de Natal, quando ocupam praças e igrejas com apresentações comoventes. Também costumamos achar que apenas as crianças e os idosos se dedicam a essa atividade. Pois estamos enganados. E muito. Na Barra da Tijuca, os corais viraram febre nos condomínios – antes da pandemia, é claro!

Importante salientar que essa reportagem foi apurada antes da pandemia e que durante o período de distanciamento social tudo vem funcionando de forma on-line!

Nossos entrevistados já planejam o reencontro físico dos corais quando todos estiverem vacinados, mas por enquanto o que está valendo é o encontro virtual.

 

O Nova Ipanema, o Novo Leblon, o Atlântico Sul, o Barramares e o Rio 2 são apenas alguns deles que vêm investindo nesse tipo de atividade. Os moradores que participam ainda, volta e meia, se apresentam dentro da própria comunidade, em datas festivas, e viajam para diferentes cidades brasileiras, para se apresentar em festivais. É movimentada e animada a rotina dos coralistas!

Entre os integrantes, há homens e mulheres de idades variadas, que se apaixonaram pela arte de cantar e apostam, principalmente, na música popular brasileira. “É uma festa. Os ensaios semanais são um momento de confraternização. Adoro cantar e não penso em parar. Sinto como se tivesse me encontrado”, afirma a arquiteta Maria Luíza Fernandes, moradora do Condomínio Nova Ipanema há 35 anos.

Maria Luíza é um bom exemplo do que os corais têm feito na vida dos condôminos. Apesar de viver no mesmo local há muitos anos, foi no coral que ela desenvolveu laços de amizade com os vizinhos. “Eu não conhecia quase ninguém. Nem mesmo os moradores do prédio. Não era de frequentar o clube. Agora, fiz amigos e passei a conhecer muita gente”, comemora.

O Condomínio Nova Ipanema, que conta com oito prédios e duas ruas com casas, criou o seu coral há cinco anos. Comandado pelo maestro Eduardo Morelenbaum, o grupo ensaia semanalmente em um salão do clube. São quase 80 integrantes de diferentes faixas etárias. Instrumentistas ainda acompanham os coralistas. Além de se apresentarem em todas as festas importantes do condomínio, como a tradicional missa do Dia das Mães, eles já participaram de festivais em cidades como Teresópolis, São João Del Rey e Juiz de Fora. Além de soltar a voz nos ensaios, a turma aproveita os encontros para confraternizar. Depois da cantoria, tem sempre um lanchinho!

Para o maestro, além de integrar os condôminos, a atividade é saudável para os moradores. “É um grande hobby. Quando você exercita a música trabalha a memória, a concentração, a respiração, a voz, a postura, a coordenação motora… Tudo contribui para otimizar a saúde do ser humano”, defende Morelenbaum, que trabalha com corais há 30 anos e também é maestro dos grupos da Firjan e da TV Globo.

Morelenbaum ainda gosta de inovar nas apresentações. A turma costuma esbanjar animação e bom humor – enquanto canta, integra passos coreografados às músicas. O visual também é caprichado: além do uniforme do coral (todo grupo costuma ter o seu), seus integrantes sempre contam com adereços especiais, como chapéus e colares, que variam de acordo com a época do ano.

Para movimentar as áreas comuns e integrar os moradores, o condomínio custeou inicialmente o coral. Atualmente, os coralistas pagam uma contribuição mensal para que o grupo continue na ativa. Nos demais condomínios da região, a situação é semelhante.

É o caso do Atlântico Sul, por exemplo, que conta com seis edifícios e um total de 430 apartamentos. Por lá, o coral também funciona graças ao apoio do condomínio. “Nosso coral teve início há 20 anos. Há pouco tempo (antes da pandemia) retomamos as atividades. Temos hoje cerca de 15 integrantes e o grupo funciona com a ajuda do condomínio, que custeia a metade dos gastos”, afirma Carlos Alberto Boueri, subsíndico do Atlântico Sul desde 2008 e coralista também, é claro!

Para o subsíndico, os benefícios da atividade não se restringem apenas à integração entre os condôminos. O grande número de corais em condomínios do bairro possibilitou a criação de uma série de festivais e encontros. Nesses eventos, os moradores da região passaram a se ver com frequência e, consequentemente, a se conhecer. “Durante uma das comemorações das festas de fim de ano, fizemos um encontro de corais, com a participação de outros condomínios. Recebemos quase 300 pessoas”, afirma Boueri, com entusiasmo, lembrando que o resgate da música popular brasileira também é visto como um ganho para todos.

À frente do grupo do Atlântico Sul está o maestro Eduardo Feijó. Para o profissional, a animação dos integrantes e a dedicação nos encontros são a marca do grupo. “É um coral destinado à diversão, que busca tirar proveito das boas energias que a música traz, focando nos clássicos da bossa nova e do samba. É um coral amador, mas bom, que ensaia firme”, explica.

Feijó é um verdadeiro veterano dos corais da região. Formado em música pela UniRio, rege desde 1992. Ele é o responsável pelos corais do Barramares, do Atlântico Sul e do edifício Michelozzo, dentro do Condomínio Novo Leblon.

A experiência do Michelozzo é uma prova de que um único edifício pode ter o próprio coral. O grupo foi criado no final de 2018, por iniciativa de uma moradora, a jornalista Carina Simonini. Ela conversou com os vizinhos, pediu o apoio do síndico e reservou o salão de festas do prédio para os ensaios. Por lá, há integrantes de diferentes idades, muito canto e, é claro, lanchinhos ao final dos encontros. O coral é aberto também para não moradores do prédio, desde que convidados por algum integrante. “Os principais objetivos são sempre congregar moradores e trazer energia boa. Um dos focos desse grupo, sem dúvida, é o prazer de cantar em conjunto”, define Feijó.

Carina garante que a turma nunca incomodou os outros moradores. Desde o início, nunca receberam nenhuma reclamação. “O som não vaza. Além disso, algumas pessoas se interessam, participam de algum ensaio para conhecer. Alguns ficam, outros não. Funciona como uma terapia da felicidade. Tem gente que entrou doente, depressiva, e hoje está rindo, brincando, se maquiando”, diz, animada.

O único dissabor de quem vive cantando é ter que lidar com o desmonte de algum grupo. É o que vem acontecendo com o coral do Barramares. “É o mais antigo da região e, em 1993, eu comecei a reger o grupo. Os anos passaram, porém, a administração atual não nos apoia e não conseguimos fazer nada em 2019”, lamenta Feijó, ressaltando que o apoio do condomínio é essencial para que o grupo prospere nos ensaios e nas apresentações. “Um coral que tem 27 anos e está sendo ignorado, em um momento em que todos os outros condomínios estão querendo criar e estimular os seus corais, é muito triste”, diz.

Existem muitas possibilidades para dar início a um coral. Normalmente, eles funcionam nas dependências do clube de algum condomínio ou no salão de festas de um edifício e contam com ensaios semanais. O condomínio pode custear parte dos gastos com o maestro ou os moradores que se interessarem em ser coralistas podem arcar com as despesas, pagando uma mensalidade. O importante é desenvolver uma atividade cultural prazerosa e que pode se tornar terapêutica. E, além de tudo, proporcionar integração entre os vizinhos que, normalmente, trocavam apenas frios cumprimentos nos elevadores.

 

 

Serviço

Maestro Eduardo Morelenbaum
Tel.: (21) 98881-8313

Maestro Eduardo Feijó
Tel.: (21) 99133-7808

 

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