
Comportamento silencioso e destrutivo exige atenção redobrada de síndicos
Silenciosos e quase invisíveis a olho nu, os cupins subterrâneos são uma ameaça real e crescente para os condomínios, especialmente em áreas urbanas, com solo úmido e estruturas antigas. Capazes de se instalar sob as fundações e avançar por estruturas internas sem serem detectados, eles comprometem a madeira, o concreto e até a estabilidade de partes do edifício. A detecção tardia costuma gerar altos custos de reparo e muitos transtornos para síndicos e moradores.
De acordo com Marcos Rocha, da Rotobel, empresa especializada em controle de pragas urbanas, os sinais mais comuns de infestação por cupins subterrâneos incluem umidade em locais escondidos e trilhas de forrageamento, caminhos criados pelos cupins entre a colônia e a fonte de alimento, que, geralmente, são materiais celulósicos, como madeira.
“Esses cupins se desenvolvem dentro de estruturas não visíveis, como o caixão perdido deixado durante a obra. Quando o síndico percebe algum sinal visível, a infestação já pode estar avançada em locais inacessíveis, como em conduítes elétricos ou até mesmo em árvores distantes e no próprio solo”, alerta Marcos.
A detecção ocorre principalmente por meio de inspeção visual, e o controle é feito com tratamentos químicos direcionados para a colônia, capazes de eliminar completamente a infestação, desde que o processo seja bem dimensionado. Para condomínios que ainda não apresentaram sinais de infestação, a Rotobel recomenda a manutenção preventiva com aplicação de barreira química, que contamina a colônia em caso de ataque.
Um erro comum dos síndicos, segundo Marcos, é optar por tratar apenas o ponto em que o cupim foi identificado, ignorando o risco de outras áreas já comprometidas. “O ideal é tratar todo o local, e não apenas partes isoladas. O cupim subterrâneo pode estar alocado em locais escondidos da estrutura do prédio”, explica.
A presença de cupins subterrâneos também tem impactos diretos na estrutura predial, como destaca Paulo Rafael Pimentel Nunes, sócio-diretor da RJ Construfort, empresa de engenharia. Embora os cupins não se alimentem diretamente de concreto ou alvenaria, eles utilizam fissuras, juntas e pontos fracos para criar túneis de acesso a fontes de alimento, como madeira embutida na estrutura ou próxima do solo.
“Esses túneis facilitam o surgimento de infiltrações, comprometendo a integridade de vigas, alvenarias e fundações. Em muitos casos, o que parece apenas um problema estético pode esconder uma fragilidade estrutural”, afirma Paulo Rafael.
Durante reformas ou manutenções prediais, é comum a identificação de focos de infestação, principalmente por causa da presença de restos de madeira usados nas formas de concreto, que, muitas vezes, são deixados para trás inadvertidamente. Nesses casos, a engenharia pode colaborar notificando os pontos suspeitos à empresa de dedetização e, preventivamente, evitando misturar madeira com material de fundação ou enterrá-la em concreto, práticas que favorecem o surgimento de colônias subterrâneas.
Curiosidade
Uma única rainha de cupins subterrâneos pode viver até 25 anos e gerar milhões de indivíduos ao longo da vida. As colônias podem se estender por centenas de metros no subsolo e atingir diferentes partes de uma edificação sem que a infestação seja percebida.
Em muitos casos, a presença dos cupins só é descoberta quando os danos já estão em estágio avançado. Por isso, a vigilância constante e a contratação de empresas especializadas para inspeções periódicas são fundamentais para proteger o patrimônio coletivo dos moradores. Investir em prevenção é, sem dúvida, o caminho mais seguro – e econômico – para manter o condomínio livre dessa praga invisível.
Serviço:
Rotobel
www.rotobel.com.br
(21) 96493-5917
RJ Construfort
(21) 3588-9331/97531-7459
rjconstrufort.com.br
@Rjcfort
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