
Você saberia dizer qual a influência do INPC no mercado imobiliário? Se não, continue conosco que hoje iremos explicar de que maneira esse índice afeta a compra, venda e locação de unidades comerciais e residenciais.
Antes de tudo, é bom saber o que é, de fato, o INPC. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor foi criado em 1979 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e é direcionado a uma parcela específica da população ― famílias com renda entre um e cinco salários mínimos. Na sequência, você entenderá o porquê dessa métrica influenciar no mercado imobiliário. Acompanhe.
INPC no mercado imobiliário: entenda qual a influência desse índice
Na pesquisa realizada mensalmente pelo IBGE com esse grupo, o objetivo é entender o custo dos produtos e serviços consumidos pelas famílias consideradas de baixa renda. Ele, também, afere o peso que esses itens têm sobre o orçamento, sendo útil para saber como anda o poder de compra dessas pessoas.
Você pode estar se perguntando por que o INPC é medido com base nessa faixa de renda. O motivo é que a maioria delas utiliza o dinheiro para compras imediatas (alimentação, transporte e habitação, por exemplo). Isso as torna mais suscetíveis às variações de preços e, portanto, servem de base para entender o poder de compra da população geral.
No mercado imobiliário, esse pode ser um índice utilizado para calcular o reajuste do aluguel, assim como o IGP-M e o IPCA. Entretanto, os resultados do INPC servem enquanto um termômetro em relação à compra e venda de imóveis. Isso porque se mostrar que as famílias vêm enfrentando dificuldades em produtos e serviços básicos, dificilmente haverá espaço para investimentos.
Leia também: Como investir em imóveis? Confira nossas dicas.
Mas o impacto do INPC não ocorre apenas no mercado imobiliário. Ele igualmente afeta a correção do valor das aposentadorias, além de ser usado em reajustes salariais e na definição do salário mínimo.
Saiba como é calculado o INPC
O cálculo do INPC envolve diversas etapas. Veja um resumo simplificado do processo:
- seleção da cesta de produtos: O IBGE define uma cesta que inclui alimentos, habitação, transporte, saúde, educação, vestuário, entre outros.
- coleta de preços: pesquisas são realizadas em estabelecimentos comerciais, mercados, lojas e prestadores de serviços para obter os preços desses produtos e serviços. Essa coleta é feita em cerca de 30 mil locais, em várias regiões do país.
- cálculo das médias ponderadas: isso se aplica a cada item da cesta. A ponderação é feita com base nos hábitos de consumo das famílias, dando maior peso aos itens mais relevantes na cesta.
- cálculo dos subíndices: subíndices são calculados para grupos específicos de produtos, tais como alimentação, habitação, transporte etc. Eles representam as variações de preços dentro de cada grupo.
- agregação dos subíndices: os subíndices são agrupados com suas respectivas ponderações, a fim de obter o índice geral do INPC.
- base de comparação: o índice se calcula em relação a um período base. Geralmente, utiliza-se o mês de dezembro do ano anterior como ponto de partida.
- cálculo da variação percentual: calculada comparando os preços da cesta de produtos e serviços no mês atual com os preços do período base. Essa variação percentual é o que representa a inflação medida pelo INPC.
O INPC no mercado imobiliário tem se tornado bastante comum na hora de definir os índices de reajuste. Isso se deve ao aumento significativo do IGP-M nos últimos anos e, uma vez que a Lei do Inquilinato não estipula um índice obrigatório, essa tem sido uma saída para que locadores e locatários cheguem a um acordo.
Então, ficou mais claro qual o papel do INPC no mercado imobiliário? Continue acompanhando o blog da Cipa Imóveis para receber os novos conteúdos!
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