Saiba como manter os roedores bem longe de seu condomínio
Não tem nada mais desagradável do que topar com um rato, certo? Ainda mais se for em seu condomínio, ou seja, no entorno de seu apartamento. Pois um dos problemas mais desagradáveis enfrentados pelos condôminos é quando há infestação de ratos, já que os animais se reproduzem de forma rápida, em gestações curtas de 20 dias, que geram de 5 a 12 filhotes por cria, dependendo da oferta de alimento e abrigo. Os riscos trazidos por esses animais são muitos: além de doenças e contaminações para os moradores, há os danos materiais, pois eles têm o hábito de roer absolutamente tudo, fios de energia, cabos, canos, metais, madeiras e plásticos. Tudo isso está na mira dos roedores.
Rogério Fernandes Batista Souto, síndico profissional dos condomínios Ed Ojan, na zona sul carioca, que possui 124 unidades distribuídas em três alas, e Rossi Ideal Vila Cordovil, na zona norte, com 440 unidades distribuídas em 22 prédios, conta sua experiência. Ao assumir um dos condomínios que gerencia, teve que lidar com essa “surpresa”: “Ratos por todos os lados! Havia ninhos até no forro de gesso da portaria, um cenário absurdo. Na ocasião, quem cuidava do controle de roedores eram os funcionários da limpeza do condomínio, que não eram capacitados para isso. Contratei uma empresa especializada e fizemos um trabalho de choque. Assim, eliminamos o problema”, relembra ele, avisando que o descarte irregular do lixo e a prática de alimentar animais “que são, em sua maioria, gatos que surgem nos condomínios, alguns de moradores e outros que não têm donos”, também contribuem para a infestação de ratos.
Por isso fazer a dedetização preventiva para evitar que esse pesadelo se instale em seu condomínio é de extrema importância. Principalmente porque os principais ratos urbanos possuem expectativa de vida entre um e dois anos. Hoje podemos encontrar três espécies de ratos nos condomínios: a ratazana, também chamada rato de esgoto; o rato de telhado e o camundongo, o menor de todos e o mais escuro. Ou seja, agir antecipadamente é essencial para dar cabo deles, independentemente da espécie!
O síndico Rogério afirma que a dedetização preventiva é a melhor estratégia. “Ter uma empresa parceira e especializada no condomínio faz toda a diferença. Como disse, as áreas que mais exigem atenção são os depósitos ou as lixeiras, não as do andar onde o morador deposita o lixo, mas aquelas onde armazenamos o lixo até a retirada pela empresa responsável pela coleta. Por ser um local onde fica o lixo de todo o condomínio, ele precisa de cuidados especiais. A cada 15 dias, fazemos a dedetização em toda a área comum, por meio de controle químico e utilização de armadilhas porta-iscas”, ensina.
Já para Wilson Pires Moreira, sócio da Insetmar Dedetizadora, além de não acumular objetos e lixo na lixeira central, tubulações de qualquer tipo devem ser vedadas para evitar que os ratos entrem no condomínio. “Devemos usar tela de arame nesses locais, pois os ratos circulam por eles e vêm do esgoto também. Tudo deve ser bem fechado, e o forro das lixeiras precisam ser bem verificados, pois os roedores podem se esconder lá. A desratização deve ser feita mensalmente, para evitar que se proliferem pelo condomínio”, explica.
O síndico Rogério Souto utiliza contratos específicos que possam atendê-lo com eficácia em todas as ocasiões. “Nossos contratos são de atendimento quinzenal, com garantia de 30 dias. Mas o principal diferencial é a boa relação interpessoal, os atendimentos SOS, em caso de necessidade, além de atendimento bônus para outras pragas, como formigas e aranhas, caso seja necessário”, diz.
Campanhas de conscientização fazem a diferença
Outra forma de manter os ratos bem longe dos condomínios é promover campanhas de conscientização para moradores e funcionários. Nos condomínios que administra, Rogério destaca que informativos e comunicados são distribuídos. “Sem dúvida, as ações mais eficazes realmente são a conscientização e a prevenção. Além dos comunicados, nossos funcionários verificam, diariamente, o descarte de lixo e retiram qualquer foco de alimento que tenha sido colocado para animais nas áreas comuns do condomínio. Manter os locais limpos e higienizados também é um santo remédio”, detalha.
No entanto, mesmo com a desratização em si, o síndico diz que também não abre mão da informação nos dias de dedetização. “Nesses comunicados, todos os condôminos são avisados para que não deixem crianças e pets expostos. Por segurança, utilizamos pó de contato, que é aplicado nos canais de acesso por onde os ratos passam. Já os porta-iscas são colocados em locais seguros com substâncias químicas”, observa.
Perigo à vista: o barato que sai caro na hora da dedetização
Outro fator importante na hora de contratar uma empresa prestadora de serviço de desratização é ficar de olho se ela está devidamente certificada. Ela deve apresentar o alvará emitido pela vigilância sanitária do município, documento que comprova sua legalização. Dessa forma, o condomínio estará seguro de que a empresa utiliza produtos com princípios ativos autorizados no Brasil. E mais: o alvará tem validade de um ano, então, o síndico deve estar atento à data ao verificar o documento.
Segundo o síndico Rogério, existe uma enorme oferta de empresas de serviço no ramo de combate a pragas. “Um dos principais pontos aos quais os síndicos devem estar atentos é que o registro no Inea é um certificado importante para se considerar na hora da contratação”, destaca.
Desvio de função no condomínio
Outra questão que deve ser observada é que alguns condomínios preferem priorizar a economia com prestadoras de serviço, substituindo-as por um funcionário do edifício, o que pode gerar graves prejuízos. Além da ilegalidade e dos riscos à saúde por causa do manuseio de produtos tóxicos, permitir que um funcionário do condomínio realize esse tipo de trabalho pode incidir em demandas trabalhistas. “O desvio de função é algo perigoso para qualquer empresa, independentemente do setor de atuação. As pessoas precisam ser alocadas conforme sua capacidade técnica e alinhadas com sua justa função. Tratar roedores na área comum com chumbinho, por exemplo, não é indicado. Existem outras técnicas eficientes e seguras. Os riscos que o chumbinho traz são altíssimos, como incidentes com animais e crianças”, alerta o síndico Rogério.
Lair Levy, gerente Pessoal de Condomínios da Cipa, conta que nunca presenciou nenhum desvio de função dessa natureza. Mas, mesmo assim, orienta que os síndicos os evitem. “Porém, caso ocorram, não deve ser efetuado sem um acordo entre as partes, inclusive com as atividades descritas. Ressaltamos que elas não devem causar prejuízo ao empregado, ou seja, ele deve ser enquadrado no cargo com o salário correspondente à nova atividade”, afirma.
Sendo assim, os síndicos devem estar atentos. Para evitar possíveis causas trabalhistas e penalidades, Lair indica que todas as funções dos funcionários sigam o Código Brasileiro de Ocupações (CBO), em que há uma descrição sumária de todas as ocupações brasileiras para que se evitem prejuízos ao funcionário, físicos ou mentais. “Esse código consta de todos os documentos legais do empregado, como carteira de trabalho e contracheque. No ato da admissão e nas solicitações de mudança de função dos funcionários, analisamos se o cargo está de acordo com as atividades a serem exercidas e com o CBO e, caso haja qualquer divergência, alinhamos com o síndico o cargo mais adequado para aquela função. Em alguns casos, orientamos a contratação de empresa/mão de obra especializada para a execução da tarefa”, explica Lair.
Já sobre o uso de diversos raticidas de forma aleatória e indiscriminada, obtidos de forma clandestina, além do chumbinho, Lair lembra que produtos tóxicos são altamente perigosos para seres humanos e animais de estimação, em que os riscos são gravíssimos. “O uso do chumbinho e as demais substâncias para matar ratos pode gerar sérias penalidades para o condomínio, sendo maior ainda se ocorrer falecimento”, finaliza.
Serviço:
Insetmar Dedetizadora
(21) 3297-7700
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