Com a proposta de reduzir o consumo de energia elétrica e colaborar com a sustentabilidade, o Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AquaRio) lançará oficialmente, no dia 31, sua nova estrutura de painéis solares. Dos 300 a 400 mil kWh gastos mensalmente, a expectativa é substituir de 20% a 30% (77 mil kWh) por energia limpa e renovável.
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O projeto, atualmente o mais poderoso do estado em termos de produção de energia solar, já está em operação e justifica sua grandeza pelos seis mil metros quadrados de área ocupada e pelos dois mil painéis instalados. Para se ter ideia do potencial dessas peças, elas geram, em conjunto, a mesma quantidade de energia elétrica consumida por 500 residências brasileiras em um mês. A implementação durou três meses, de março a maio.
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– Os painéis já estavam previstos desde as etapas preliminares de construção do aquário – garantiu Marcelo Szpilman, diretor-presidente do AquaRio. – Muito além da redução de custos, a iniciativa é uma forma de mostrar para o público a preocupação do espaço com a conservação do meio ambiente.
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Resultado de uma parceria entre a administração do aquário e uma empresa especializada, o projeto não teve custo de instalação, mas o AquaRio pagará uma taxa mensal pela energia produzida pelas placas. O contrato entre as partes tem duração de 20 anos, e a empresa não divulgou valores.
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Com as placas, o aquário deve evitar a liberação, por ano, de cerca de 320 toneladas de gás carbônico na atmosfera. No momento, a energia convertida pelas placas solares segue para o sistema de refrigeração do aquário, e é usada para operar os aparelhos de ar-condicionado e balancear a temperatura da água dos 28 tanques.
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No entanto, os painéis ainda não têm plena capacidade de conversão de energia. Do total que chega às peças, 30% a 40% viram eletricidade.
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– A perda se deve às propriedades do silício, que compõe as células de conversão, à resistência elétrica da fiação e aos possíveis agentes externos, como poeira – explica Markus Vlasits, diretor comercial da empresa que instalou os painéis.
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O aquário vai inaugurar uma área de interação com o público, que poderá acompanhar a produção e o consumo de energia elétrica em tempo real.
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Fonte – O Globo, Hugo Limarque