Condomínios apostam no aluguel de usinas e economizam sem investir nem um centavo
A energia solar é a energia do futuro. Em uma pesquisa feita pelo Atlas Brasileiro de Energia Solar do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o uso de tecnologia de conversão de energia solar vem crescendo mundialmente. Entre 2010 e 2016, a instalação de sistemas fotovoltaicos aumentou, em média, 40% contra 16% da eólica e aproximadamente 3% da hídrica. E, no Brasil, a situação ainda é mais favorável. De acordo com a análise do Atlas, “no local menos ensolarado do Brasil, é possível gerar mais eletricidade solar do que no local mais ensolarado da Alemanha, por exemplo”.
O que tem atraído cada vez mais clientes é que a energia solar é renovável, sustentável, barata e não polui, além de contar com uma fonte inesgotável, o sol, não havendo escassez de recurso. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o mercado deve faturar, no Brasil, mais de 100 bilhões de reais em 2030. O Rio de Janeiro é o quinto estado do país em quantidade de sistemas solares instalados. Pelos últimos dados do governo, mais de 45 mil casas, mil propriedades rurais, 3.500 comércios e 250 indústrias utilizam a fonte.
Muita gente está investindo e mudando a forma de abastecimento de energia. Condomínios e empresas conseguem ter uma economia de 80% a 90% na conta com a instalação de placas solares, produzindo a própria energia. Mas os avanços tecnológicos no setor não param de crescer. E agora algumas empresas estão com uma novidade. Além de fazer a instalação dos painéis, estão alugando usinas de energia solar.
Rodrigo Henz é gerente de Novos Negócios da Hum Engenharia. Ele explica que existem dois tipos de contrato para os clientes: o tradicional, em que placas fotovoltaicas são instaladas no prédio ou no condomínio, e outro modelo, por meio do aluguel de usinas de energia solar da empresa.
De acordo com o gerente da Hum Engenharia, a opção do aluguel tem sido bem aceita no mercado, principalmente porque os condomínios não precisam investir nem um centavo para instalação. Imóveis que não têm espaço para a colocação do sistema também são beneficiados e já começam economizando na conta de luz logo que assinam o contrato. “No momento, esse é o carro-chefe da empresa e tem conquistado inúmeros clientes. Conectamos os imóveis em uma de nossas fazendas solares remotas, sem nenhuma obra, gasto ou dor de cabeça. É só aproveitar a economia.”
O sistema funciona da seguinte maneira: a empresa constrói usinas fotovoltaicas em um lugar rural no estado do Rio de Janeiro, em uma área de concessão da Light, e compartilha essa energia com os imóveis que pagam pelo serviço de aluguel. De forma simples, um grande projeto fotovoltaico de geração compartilhada produz energia para ser convertida em créditos e atender aos imóveis de várias pessoas ou empresas. O sistema foi legalizado pelas regras de geração distribuída da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e os projetos utilizam a mesma tecnologia dos sistemas instalados em casas e empresas. “Quando somos contratados pelos clientes, fazemos uma análise do tamanho da fazenda solar que vai precisar ser utilizada e, a partir daí, calculamos o valor do aluguel. O contrato é de dez anos e, durante esse período, assumimos o compromisso de entregar um desconto anual de, no mínimo, 10% do valor da conta de luz do condomínio. E, o melhor, o condomínio não precisa sair da Light e não tem que colocar nenhum medidor de energia. Não precisa de nenhuma obra física. Toda a manutenção está embutida no valor de aluguel.”
A Hum Engenharia atende em todas as cidades do estado do Rio de Janeiro que têm abastecimento de luz pela concessionária Light. Tem contrato com empresas, academias de ginástica, colégios. Mas, no momento, 60% dos clientes são condomínios residenciais. É o caso do Condomínio Alphagreen, na zona oeste da cidade. O empreendimento tem quatro blocos, 207 apartamentos e uma ampla área de lazer com quadras de esporte, parque aquático, parquinho para as crianças, 16 elevadores e uma área de mais de 10 mil quilômetros quadrados. Haja energia para tudo isso!
A síndica Fernanda Derby é moradora e decidiu pelo aluguel da usina solar “primeiro porque o investimento na implantação de placas fotovoltaicas no condomínio é alto. A usina já está pronta. Então, o custo inicial é zero, e eu já estou economizando no primeiro dia, sem gasto nenhum. Segundo, porque a tecnologia vai mudando muito rapidamente. Acredito que, investindo no aluguel, vou ter sempre tecnologia de ponta sem me preocupar em precisar ficar atualizando os equipamentos. Outra vantagem é que se enferruja um parafuso ou uma placa queima, a responsabilidade é toda da empresa, isso não passa pelo condomínio”.
Fernanda tem contrato com a Hum Engenharia. Ela afirma que todo o processo burocrático fica a cargo da empresa. “A gente fez o contrato no fim de 2022 e, desde então, tivemos um desconto de 18% na conta de luz do condomínio. Estamos muito satisfeitos.”
Rodrigo Henz diz que os clientes ainda têm mais uma vantagem. A empresa conseguiu que vários projetos fossem homologados sem a “taxação do sol”. O imposto foi criado em 2022, mas tem uma brecha para os projetos de energia solar existentes ou que foram homologados antes do início da lei (que começou a valer a partir de janeiro de 2023). Esses projetos ficam isentos até 2045.
Outro benefício para o pagamento de menos impostos é que, em 2023, o Governo Federal incluiu o segmento de painéis fotovoltaicos no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), o que zera a cobrança dos tributos federais IPI e PIS/Cofins até dezembro de 2026. Antes, as alíquotas cobradas no segmento eram de 6,5% de IPI, 9,65% de Cofins e 6% de Imposto de Importação. Com menos impostos e a diminuição dos custos de produção, o preço dos produtos finais também diminuem, o que ajuda a impulsionar o grande potencial energético no país.
Para quem estava na dúvida, essa é a hora de mudar. O importante é procurar uma empresa que consiga orientar o síndico sobre a melhor opção para o condomínio: o aluguel ou a instalação dos painéis. A síndica Fernanda afirma que, antes de bater o martelo, fez uma ampla pesquisa não só pelo preço, mas pela garantia da qualidade de trabalho. “O síndico tem que olhar a documentação, conhecer a usina, fazer uma pesquisa sobre os trabalhos realizados e uma análise jurídica da empresa. Fomos a outros condomínios maiores que o nosso e vimos que estava dando certo. Durante o processo, as questões foram levadas para a assembleia. Escolhemos uma empresa que já estava consolidada no mercado e que nos passou muita segurança.”
De acordo com o gerente de Novos Negócios da Hum Engenharia, além da redução dos gastos mensais da conta de energia, optar pela energia solar é escolher pelo desenvolvimento sustentável. E o meio ambiente agradece.
Fernanda já está de olho no futuro há muito tempo. “Aqui no condomínio a gente tem várias ações importantes, como reciclagem de lixo, reúso da água, iluminação led. Fazemos um trabalho de conscientização com os moradores. É muito importante pensar no que a gente vai deixar para as gerações futuras. Alugar a usina solar foi mais um passo. E, além de fazer nossa parte pelo planeta, temos vantagem financeira. A gente não sofre quando tem bandeira vermelha e ainda economiza no final do mês, com a chance de investir mais no condomínio”, conclui.
Serviço:
Hum Energia
humenergia.com.br
(21) 3443-5328 (WhatsApp)
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