Entre especialistas, consenso é que o pior momento já passou, mas há desafios a serem enfrentados Após o fraco desempenho entre 2013 e 2015 devido à crise econômica, os fundos de investimento que aplicam recursos no setor imobiliário esboçaram recuperação em 2016 e podem oferecer ganhos mais expressivos aos investidores neste ano.
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Com cotas negociadas em Bolsa, esse tipo de aplicação rendeu em média 32,3% no ano passado, conforme o índice Ifix, que reflete o desempenho dos fundos imobiliários mais negociados. Em 2017, acumulam retorno de 10,5% até a sexta-feira passada (12).
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A volta dos rendimentos atraentes nesse segmento está diretamente relacionada a sinais recentes de possível retomada da economia, como o ciclo de redução da taxa básica de juros (Selic), iniciado em outubro de 2016. Na prática, a queda dos juros afetou a rentabilidade das aplicações de renda fixa, levando os poupadores a buscar opções de investimentos mais rentáveis. Os fundos também reagem à expectativa de uma melhora no mercado imobiliário. Entre os especialistas, o consenso é que o pior momento já passou, mas há desafios a serem enfrentados.
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“Após um período de forte queda, a previsão é de estabilização no preço dos imóveis. Mas isso deve acontecer se a crise política não influenciar a recuperação econômica”, afirma o economista Luiz Calado, autor do livro “Imóveis” (Editora Saraiva).
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ALTERNATIVA
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Com aplicação de recursos em escritórios, shopping centers, agências bancárias, hospitais e hotéis, entre outros empreendimentos, os fundos imobiliários são uma alternativa mais barata para quem deseja investir em imóveis – em alguns casos, a aplicação mínima é de apenas R$ 100. O investidor pode lucrar com a valorização das cotas na Bolsa, processo igual ao de compra e venda de ações. Entretanto, assim como ocorre com as ações, os preços também podem cair.
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Outra vantagem é que muitos fundos oferecem rendimento mensal, isento de Imposto de Renda para pessoa física. “É uma opção de geração de renda com foco na aposentadoria”, diz Mauro Calil, especialista em investimentos do banco Ourinvest. Para reduzir riscos, especialistas recomendam optar por carteiras diversificadas, compostas por imóveis de diferentes setores e regiões.
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Com a crise, muitas empresas reduziram o quadro de funcionários e optaram por espaços menores, levando a um aumento no número de imóveis vagos. “No Rio de Janeiro, por exemplo, construíram muitos prédios, mas como a economia não teve o ‘boom’ esperado com o pré-sal e a Olimpíada, os imóveis ficaram sem inquilino e, consequentemente, os preços caíram”, afirma André Lassance, da XP Investimentos. Como os imóveis ficaram relativamente mais baratos, o investidor voltou a prestar atenção nesse investimento, com perspectiva de ganhos no longo prazo, à espera da recuperação da economia.
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Fonte – Folha de São Paulo, Danylo Martins