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Em fevereiro de 2021 uma mulher morreu ao ser atingida por pedaços da fachada de um prédio em Recife, capital de Pernambuco, no Nordeste do país. Célia Cesária de Barros, de 60 anos, estava indo para casa, na saída do trabalho. A administração do Edifício São Cristóvão, no Centro, levou uma multa de R$ 5 mil por descumprir medidas determinadas pelo poder público, além de os administradores terem que responder criminalmente.

No carnaval de 2019, Larissa Spezani estava com uma amiga em frente a um prédio no bairro do Leblon, na zona sul da cidade, quando placas de granito desabaram do quinto andar e atingiram a jovem. Por sorte, ela se salvou, mas a vida dela se transformou e até hoje ela luta para se recuperar das sequelas. Um laudo feito pelo Departamento de Polícia Técnico-Científica do Rio de Janeiro, na época do acidente, apontou que a queda do bloco foi motivada pela ausência de parafusos de fixação nas placas de granito e pelos efeitos do acúmulo de umidade no local.

A falta de manutenção e de reformas da fachada pode colocar todos em risco. Por isso mesmo, síndicos e moradores não podem tratar o assunto apenas como um problema estético. Para o engenheiro Felipe Camilo, sócio-diretor da Camilo Engenharia, o maior perigo, sem dúvida, é acontecer um acidente. “Todo o resto são incômodo e custo! Incômodo porque a falta de manutenção na fachada causa o desenvolvimento de diversas patologias, como infiltrações para dentro dos apartamentos, estufamento do revestimento, sujeira e proliferação de mofo na fachada. E custo, pois a falta de intervenções periódicas eleva o valor dos serviços de reparo e pode causar transtorno no fluxo financeiro do condomínio, chegando a inviabilizar momentaneamente a execução da obra. Isso traz ainda mais risco, uma vez que, consequentemente, aumenta-se a periodicidade entre as atividades de manutenção, que não podem deixar de ser executadas.”

Além disso, segundo o sócio-diretor da Camilo Engenharia, a estrutura da fachada está sempre exposta a agressões constantes: do clima, do trânsito pesado de veículos, da movimentação estrutural do prédio etc. “Considere um edifício como uma máquina, um carro, por exemplo. Quanto mais à risca você seguir o plano de manutenção designado pelo fabricante, menos problemas inesperados você terá com o veículo. O desgaste será controlado, haverá menos quebras, os custos com manutenção serão previstos, e não surpresas desagradáveis. O risco de falha do equipamento, danos – e, no caso das fachadas, leia-se quedas –, serão minimizados, evitando acidentes que, além de prejuízos materiais, podem custar a vida de alguém.”

Por isso mesmo, para não se ter dor de cabeça, o ideal é que o condomínio desenvolva e siga um plano de manutenção que tenha como objetivo a conservação da fachada. Para Eduardo Matarangas, sócio-gerente na Matarangas Engenharia e Sistemas Ltda., é necessário que sempre seja feito um trabalho de manutenção com uma empresa especializada no assunto. “Só ir remendando quando aparecem os primeiros sinais de infiltração, por exemplo, não resolve o problema e vai sair muito mais caro. Para cada uma das fachadas vai ter um tipo de cuidado específico e um tipo de manutenção diferente. Às vezes, as pessoas olham e, esteticamente, está bonito, mas pode ter problemas. Dependendo da idade do imóvel, tem que cuidar sempre.”

A manutenção da fachada inclui pintura, impermeabilização, substituição de revestimentos de mármore, granito ou pastilhas, entre outras atividades. O Condomínio Universidade, na zona norte do Rio, está passando por obras de reparo na fachada. A síndica Márcia Tavares Rosa concorda que a conservação é a melhor forma de cuidar do imóvel. “Sou uma síndica que, durante cinco anos, fiz várias coisas, porque acho que tem que fazer a manutenção do prédio para conservar e evitar que obras emergenciais aconteçam.” Ela acredita que, assim, aumenta a vida útil do prédio, valoriza o imóvel e dá segurança não só para os moradores, mas para quem passa pela rua.

Ao investir em tecnologia e segurança, as empresas especializadas no assunto oferecem vários tipos de serviço. Equipamentos como drones e câmeras termográficas são usados para identificar problemas que ainda não estão visíveis. Vinicius Gomes é sócio da empresa Kor Construção e Manutenção Predial. Ele afirma que esse tipo de equipamento ajuda o especialista na detecção do problema. “Usamos o drone para sobrevoar os pontos mais difíceis de se chegar, e a câmera termográfica – que detecta calor – consegue identificar uma infiltração antes mesmo que ela apareça. Junto com os equipamentos, temos nossos técnicos, que avaliam toda a estrutura do imóvel.”

De acordo com o engenheiro, o importante é contratar uma empresa especializada que respeite as normas de segurança. “A empresa precisa ter todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) e estar em conformidade com a Norma Regulamentadora 35 (NR35), que estabelece os requisitos mínimos de proteção e treinamento para os profissionais que trabalham em altura, ou seja, ela garante a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos. Além dos procedimentos de segurança, a empresa também vai usar o material mais adequado e que assegura maior durabilidade. Pintura não é embelezamento, pintura é proteção de estrutura.”

Felipe, da Camilo Engenharia, afirma que nas obras de fachada tem que ter, além de uma equipe especializada em executar reparos em condomínios, um projeto supervisionado por um corpo técnico de engenheiros, técnicos em segurança do trabalho e supervisores, que, juntos, vão desenvolver a melhor maneira para atender aos condomínios. Além de pensar na segurança dos profissionais, as obras na fachada costumam ser invasivas para os moradores. Se eles não forem avisados com antecedência, podem ser pegos de surpresa com uma pessoa pendurada na janela.

A síndica Márcia diz que uma das maiores preocupações dela é avisar todo mundo sobre o cronograma da obra para que todos possam se programar. Ainda mais porque muitas pessoas continuam em home office. “Nos casos em que é necessária uma grande intervenção em uma fachada muito deteriorada, com atividades que envolvam o interior das unidades, como a entrada nas varandas, por exemplo, há a obrigação de agendamento com o morador, para minimizar o incômodo”, explica Camilo.

 

Seu prédio está em dia?

 

Para quem não está em dia com a manutenção, o melhor é procurar uma empresa rapidamente. Isso porque a norma NBR 16.747/2019 determina que a inspeção técnica de fachadas seja feita, no mínimo, a cada três anos para atestar o grau de aderência do revestimento delas. O engenheiro civil Richard Vecchioni, sócio-administrador da R.Vecchioni Engenharia, explica que essa vistoria é feita por meio do teste a percussão (consiste em um mapeamento de toda a região da fachada, de modo a localizar os pontos que apresentam sons ocos ou cavos, o que identifica possíveis problemas de aderência, que podem levar ao desprendimento do revestimento). “É de suma importância a contratação de uma empresa conceituada e competente para a realização do serviço, pois o profissional que vai fazer o teste tem que ser muito preciso, para
detectar todas as placas defeituosas.”

 

Lei da Autovistoria

 

Além da norma, os síndicos têm que ficar atentos à Lei da Autovistoria predial, que determina inspeção no imóvel de cinco em cinco anos. A síndica Márcia trabalha para o condomínio desde 2002 e, durante todos esses anos, ela fez o serviço com a R.Vecchioni Engenharia. Ela afirma que é muito importante ter “uma relação de confiança com a empresa. Os engenheiros já conhecem a planta do edifício, o que facilita o trabalho e evita quebra-quebra desnecessário”. Além disso, quando escolhe uma empresa, Márcia prefere uma que tenha boas indicações. “A empresa precisa ter um engenheiro, estar dentro da lei e ter equipamentos de segurança, entre outras responsabilidades. Não adianta pegar uma empresa que cobre menos pelo serviço, mas que não tem qualidade e segurança. Quando é muito barato, a gente até desconfia porque eles ainda podem usar um produto de má qualidade.”

Mas além dos cuidados da administração do condomínio, para que as fachadas estejam sempre em ordem, os moradores também precisam colaborar. A instalação de telas e aparelhos de ar-condicionado, se for malfeita, pode danificar o revestimento e iniciar processos de deterioração, causando estragos. Richard, da R.Vecchioni Engenharia, afirma que “existem muitos casos de moradores que, ao instalarem o ar-condicionado sem ser com um profissional adequado, acabaram tendo problemas de infiltração no próprio apartamento. Também temos relatos de queda de pedaços de beiral de fachada pela instalação de um simples gancho de rede de dormir em fachadas malconservadas”.

Por isso mesmo, a instalação desses equipamentos e acessórios, por mais simples que seja, deve ser feita por equipes devidamente habilitadas. “Para que o pior não aconteça, o condomínio tem que dar condições estruturais para os moradores, como construir um dreno coletivo por coluna para a colocação do ar, por exemplo. O importante é que todos saibam que tudo que é feito na fachada tem que ser realizado por um técnico de engenharia. A fachada é o que protege a estrutura do prédio”, alerta o sócio da empresa Kor Construção e Manutenção Predial.

 

Serviços:

Camilo Engenharia
(21) 97032-5424
camiloengenharia.com.br

Kor Construção e Manutenção Predial
(21) 2225-2591 / 97367-3675

Matarangas Engenharia e Sistemas Ltda.
(21) 2436-6799 / 99442-3729
matarangasengenharia.com.br

R.Vecchioni Engenharia
(21) 2298-8980 / 99987-5482

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