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Profissional ou não, síndico é essencial aos condomínios

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Seja por vocação ou carreira, a função do síndico sempre será a de representar e administrar o condomínio, além de zelar pelo bem-estar dos condôminos. Tais responsabilidades competem tanto àquele que é morador quanto ao terceirizado, ou seja, um profissional “de fora”, que é contratado para gerir o empreendimento.

Ambos possuem vantagens e desvantagens e a escolha depende dos próprios moradores. “O síndico residente tem um interesse direto, pois está cuidando do seu patrimônio. Está zelando pelo bem dele mesmo. Por outro lado, o síndico terceiro consegue absorver mais demanda, já que o morador pode não ter tempo exclusivo para isso ou até receio de arranhar a relação com a vizinhança”, diz José Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).

Para Sérgio Craveiro, presidente da Conasi (Confederação Nacional de Síndicos), uma possível parcialidade do síndico morador pode fazer com que ele se torne mal visto. “O síndico profissional não tem vínculo afetivo, é mais imparcial e trata o condomínio como se fosse uma empresa.”

No entanto, ao contrário do representante morador, que muitas vezes tem somente um abatimento ou isenção no valor do condomínio pelo serviço prestado, a contratação do profissional demanda investimento. “É preciso avaliar o custo e a necessidade do condomínio na hora de fazer essa escolha. Também deve-se levar em conta se há demanda de serviço para que haja essa contratação. Condomínios com estruturas grandes, que funcionam como empreendimentos, onde há grande fluxo de pessoas e empregados, geralmente têm perfil para contratar um síndico terceiro”, conta Graiche Júnior.

Após analisada a parte financeira, é importante ainda observar outras características do profissional, como conhecimento básico de legislação, mais especificamente da Lei do Condomínio e do Código Civil – importante ressaltar que essas exigências também devem ser observadas para a escolha do síndico morador. “O condomínio deve analisar experiências em empreendimentos anteriores que sejam semelhantes ao seu e a diplomação em cursos e treinamentos disponibilizados por entidades do segmento imobiliário. O perfil comportamental também é muito importante em razão dos eventuais conflitos na relação entre moradores e demais atores da dinâmica condominial”, explica Marcelo Borges, diretor de Condomínio e Locação da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis).

Mercado – Apesar de ainda não ser uma profissão legalizada no país e estar em discussão no Congresso Nacional – embora a contratação de síndico esteja prevista na Lei do Condomínio –, para os especialistas, o desemprego e a crise econômica impulsionaram o mercado de síndicos profissionais.

“O problema é que essa profissionalização está sendo feita de qualquer jeito. Há pessoas que com um mandato já afirmam ser síndicos profissionais com experiência. Só que a demanda de conflitos dentro de condomínios é grande. Existem situações que somente com dedicação a longo prazo podem ser vivenciadas. Sem contar o tipo de condomínio. Um prédio com 20 unidades, por exemplo, apresenta demandas diferentes do que um condomínio clube. Está havendo uma banalização da função”, pontua o presidente da AABIC.

Futuro é promissor

Há 1,14 milhão de condomínios no Brasil, sendo que somente 5% deles possuem síndicos profissionais. É que o aponta o levantamento da Conasi. “Na cidade de São Paulo, esse número passa para 8%. Ainda é um dígito pequeno comparado à quantidade de empreendimentos, mas a tendência é que haja um crescimento entre 5% e 10% ao ano”, afirma Craveiro.

O mercado também deve expandir, inclusive, para quem já está no ramo e é reconhecido no meio, segundo a AABIC. “Os síndicos realmente profissionais, que entendem do negócio, devem ampliar a carteira. Segundo pesquisa que fizemos, 50% dos prédios em São Paulo que tiveram síndicos terceirizados não terminaram o mandato. Ou seja, mais uma prova de que a profissionalização não está sendo levada a sério o bastante”, diz Graiche Júnior.

Outro ponto a ser levado em consideração para o aumento da oportunidade de trabalho é a falta de interesse dos próprios moradores em serem síndicos. Entre as questões que levam ao baixo número de candidatos está a instabilidade do cargo, ausência de tempo e excesso de responsabilidade.

“Com o crescimento de condôminos desinteressados em assumir o cargo, aumentará a tendência de escolha de síndicos externos e essa demanda poderá ser atendida por pessoas que foram retiradas do mercado de trabalho formal por conta da crise. Contudo, mesmo com a estabilidade da economia podemos afirmar que alguns condomínios, principalmente considerados como grandes empreendimentos, continuarão optando por uma pessoa mais qualificadas na gestão predial”, afirma o representante da Abadi.

Sendo profissional ou não, é obrigatório que todo condomínio tenha um síndico, que é seu representante legal, de acordo com o Código Civil. Sem essa função, o prédio à deriva torna-se irregular perante a lei e, se levado à Justiça, caberá a ela a escolha de uma pessoa que responderá pelas obrigações legais.

 

FONTE: REVISTA ÁREA COMUM

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