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Os riscos de ter todo mundo em casa

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A manutenção diminui o perigo de incêndios e outros acidentes domésticos

Durante a pandemia, as famílias tiveram de passar o dia inteiro dentro de casa. O trabalho, a escola, o lazer, tudo ficou resumido ao ambiente do lar. Armando Smiths é sindico de um condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele conta que a academia de ginástica e a quadra de esportes tiveram de ficar fechadas ao longo desse período, diminuindo mais ainda as atividades das pessoas do lado de fora dos apartamentos. “Concentramos nossos esforços nos grupos de WhatsApp e em lives para nos comunicarmos com os moradores. Algumas atrações ao vivo como violino, cavaquinho e sax foram realizadas na área comum ao redor do condomínio. Uma opção para alegrar quem estava em casa.”  

Essa movimentação de pessoas dentro dos apartamentos não teve só momentos bons. Não foi o caso do condomínio administrado por Armando, mas em outros imóveis acabou gerando um aumento do risco de acidentes domésticos. O álcool gel e o álcool líquido, ambos 70%, usados para prevenção contra o novo coronavírus, abasteceram as prateleiras de todos. Esses produtos, indicados para a higienização, podem ser perigosos se mal utilizados, causando graves queimaduras e até mesmo incêndios.  

Como todos sabem, por ser inflamável, o álcool pode explodir se entrar em contato com objetos como fogão, forno e micro-ondas; por isso, não deve ser utilizado para limpar a pia da cozinha, por exemplo. O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro não faz a contabilidade sobre acidentes dentro de casa, então, oficialmente, não temos como saber se houve aumento de casos durante o período de isolamento social. 

Mas, em São Paulo, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar fazem esse tipo de levantamento. Lá, os casos de incêndio aumentaram 60%. De acordo com as instituições, isso ocorreu principalmente por causa de acidentes domésticos relacionados com o uso do fogão, álcool gel e sobrecarga em tomadas.

O sargento Edvaldo Jr., do Corpo de Bombeiros do Rio, faz um alerta sobre esse tipo de perigo. “As pessoas têm de ter atenção redobrada ao utilizarem álcool gel ou líquido. É importante prevenir acidentes e deixar esses produtos longe das crianças. Há risco não só de queimaduras, mas também de ingestão, além de contaminação dos olhos. Atenção também na cozinha. Em casa, dê preferência sempre a lavar as mãos com água e sabão.”

A grande concentração de pessoas em casa também pode causar outros tipos de acidente. Colocar várias tomadas em um único benjamim, por exemplo, aumenta as chances de um curto-circuito. Se possível, ligue na tomada apenas um equipamento por vez. Incensos, cigarros e velas acesas também são perigosos. Se for acender velas, deixe-as longe de cortinas e tecidos inflamáveis. O síndico tem um papel fundamental na conscientização dos condôminos quanto às medidas a serem adotadas para prevenção e controle de incêndio.

 

Sistema de combate a incêndio deve estar em dia

Armando afirma que, neste momento de pandemia, orientou todos os moradores sobre atitudes que eles deviam ter para evitar acidentes. O condomínio tem oito prédios, cada um com 32 apartamentos. No total, são mais de 190 famílias. “Primeiramente, efetuamos um trabalho de conscientização colocando o bem coletivo acima do interesse individual”, explica. 

Atento a esses imprevistos, o síndico também deve estar alerta ao funcionamento do sistema de combate a incêndio do condomínio. Jefferson Fernandes Leal, gestor da Hidratec – empresa especializada em instalação de sistema de prevenção contra incêndio e manutenção –, alerta que “em tempos de pandemia, os moradores precisam ficar ligados a equipamentos elétricos e panelas no fogo. Isso pode ajudar a evitar acidentes. Cozinhar perto do álcool é proibido porque pode causar grandes problemas”. 

Para Moises Cukier, diretor comercial da JJM – Equipamentos de Combate a Incêndio, é muito importante que todo o sistema de combate a incêndio esteja funcionando perfeitamente. “Além de atender à legislação, é uma proteção para todos os moradores não só fisicamente, mas também em relação ao imóvel. Estando tudo em ordem, não haverá complicação para o ressarcimento do seguro do condomínio, além de evitar dor de cabeça com possíveis ações criminais.”

O gestor da Hidratec acrescenta que “isso engloba os sistemas fixos (casa de máquinas de incêndio, caixas de hidrantes, sprinklers e hidrantes de recalque) e móveis (extintores e mangueiras de incêndio). Isso pode evitar que pequenos focos de incêndio possam tomar grandes proporções”. Para ele, muitos condomínios não avaliam o perigo que correm ao ter sistemas de bombas de incêndio inoperantes, tubulação com vazamento e até mesmo entupida.

Em relação às leis, o documento que atesta o cumprimento das normas de segurança contra incêndio nos condomínios residenciais é o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Quem não estiver com todos os equipamentos funcionando perfeitamente pode ser multado. O valor pode chegar a R$ 265 mil, dependendo da gravidade. A fiscalização é feita pelo próprio Corpo de Bombeiros, que pode chegar ao imóvel para fazer a vistoria sem aviso prévio.

Armando Smiths segue todas as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e está com toda a documentação em dia. “É fundamental estar atento às inspeções e manutenções. Além disso, nossos supervisores e alguns funcionários da manutenção (o objetivo, este ano, serão todos), bem como alguns moradores, receberam o curso de combate a incêndio, formando então nossa Brigada de Incêndio. Esse treinamento capacitou cada um para efetuar vistorias de prevenção e combate a incêndio, orientar a evacuação de ambientes e a prestar os primeiros socorros a prováveis vítimas.”

Outro ponto importante é verificar o funcionamento de todos os equipamentos dos prédios. Não há uma legislação que determine a periodicidade da manutenção desse sistema. Jefferson, da Hidratec, explica que “a revisão do sistema de combate a incêndio depende da idade da edificação, ou seja, quanto mais antiga for, menores serão os intervalos de uma revisão para outra. A manutenção preventiva é fundamental, pois evitam-se gastos excessivos com a correção do problema”.

Para o diretor comercial da JJM, em geral, a porta corta-fogo, a sinalização e a iluminação de emergência são os sistemas mais negligenciados pelos condomínios. Moises afirma que se as portas corta-fogo não estiverem devidamente fechadas, a fumaça vai invadir as escadas, dificultando, assim, a passagem de moradores em caso de incêndio, o que aumenta o pânico e o desespero das pessoas. As escadas também precisam estar livres, pois são rotas de fuga. Caso contrário, pode trazer grande risco para os moradores. 

“Não deve faltar absolutamente nada quando falamos em segurança contra incêndio. É de suma importância que os equipamentos fixos, como a casa de máquinas de incêndio (CMI) e o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), mais conhecido como para-raios, estejam sempre com suas revisões preventivas ou corretivas em dia, lembrando que esses cuidados só poderão ser feitos por empresa credenciada pelo Corpo de Bombeiros e pelo CREA. A manutenção deve ser anual”, afirma Moises, da JJM. 

Nesse sentido, muitos acidentes podem ser evitados com medidas preventivas. Em geral, incêndios em condomínios ocorrem em razão da falta da manutenção, principalmente da instalação elétrica ou do sistema de gás. Fazer o trabalho com uma empresa especializada é essencial. Smiths realiza uma ampla pesquisa para decidir a melhor empresa. “A melhor escolha é sempre uma indicação de condomínios e pessoas conhecidas. Daí você efetua uma pesquisa a fundo sobre a empresa. Para quais empresas e condomínios ela presta serviço, qual o tempo de existência? Se já houve alguma falha na prestação de serviço e, o mais importante, se ela está cumprindo com todas as etapas da legislação em vigor, inclusive sua saúde financeira.”

Para Jefferson, da Hidratec, “é fundamental que síndicos e moradores se conscientizem de que os sistemas contra incêndio podem salvar vidas e bens, portanto, faz-se necessário que eles estejam funcionando e em perfeito estado de conservação”. O síndico Armando também acredita que o melhor é sempre pensar e agir em benefício de todos. “Vivemos em uma sociedade, então, temos que entender que aquilo que fazemos para nós atinge o outro. Devemos estar atentos a nossas atitudes: ao tomar conta de nós, estamos protegendo toda a coletividade.”

 

Serviço

Hidratec
(21) 3161-1943/98288-4714 (WhatsApp)
www.hidratecc.com.br

JJM – Equipamentos de Combate a Incêndio
(21) 98621-8409/2560-5396
[email protected] 

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