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Uma viagem aos subterrâneos cariocas

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Debaixo do nariz dos cariocas, ou melhor, dos pés, existe um Rio que quase ninguém desconfia. Ele é repleto de túneis subterrâneos, que já testemunharam, ao longo da história da cidade, de romances proibidos até batalhas contra invasores. Alguns já desapareceram, outros não passam de lenda, como o que ligaria o palácio de dom Pedro I à casa da amante, a Marquesa de Santos. Mas ainda resistem mundos escondidos no subsolo. Na Região Portuária, por exemplo, entre o Moinho Fluminense e o cais, um túnel permite o escoamento da produção de trigo por baixo da Avenida Rodrigues Alves.

 

CAMINHOS SOMBRIOS

Não muito longe dali, atrás dos muros fortificados da Ilha das Cobras, na Baía de Guanabara, uma escadaria revela outro segredo escondido. O caminho de pedras, no pátio central, leva a um longo corredor que permite ao visitante circular entre os prédios, mas por baixo da terra. O local não guarda mais o piso e o revestimento originais, mas permite viajar no tempo. No século XVIII, era por ali que as tropas portuguesas se movimentavam durante as batalhas contra navios invasores. Algumas ramificações deste subterrâneo levam em direção ao mar. Outras, a locais mais sombrios, como as celas do presídio da ilha, onde ficaram detidos os inconfidentes mineiros Tomás Antônio Gonzaga e Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

No coração do Centro, há vários exemplos de túneis, hoje desativados, que já foram rota até para encontros furtivos. No Convento das Freiras Franciscanas Nossa Senhora da Ajuda, que funcionava onde hoje fica o Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara dos Vereadores, existia um labirinto subterrâneo. Contam as más línguas que as próprias religiosas cavaram os túneis. O motivo faria corar a madre superiora: elas buscavam, uma rota segura para encontros e para escapar dos rigores do claustro.

No QG da PM, os policiais confirmam a existência de outro túnel. Contam que onde funciona o estacionamento havia uma passagem quilométrica por onde se chegava ao Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca.

 

PASSAGENS ATERRADAS

Num cenário de tantas histórias, muitas foram repetidas por gerações e passaram a ser aceitas como verdade. Esse é o caso da famosa ligação entre o Museu Nacional, onde morava dom Pedro I, na Quinta da Boa Vista, e a casa da Marquesa de Santos, em São Cristóvão. O caminho, segundo reza a lenda, era a rota que o imperador fazia para chegar à casa da amante. Mas não é verdade: as duas casas tinham túneis, mas eles não se conectavam. Naquela época, era muito comum as construções terem um cômodo anexo ao imóvel. A passagem que existia ligava a lateral do palácio da Quinta da Boa Vista a esse local onde funcionava a cozinha.

Não é mais possível acessar o local, pois hoje tudo está aterrado.

 

POTENCIAL PARA NOVOS ACHADOS
A fama de namorador de Pedro I rendeu outra história sobre uma possível passagem secreta no Outeiro da Glória. Segundo fofoqueiros da época, o imperador descia uma escada nos fundos da igreja e, dali, pegava uma trilha de mata até o túnel que permitia encontrar mais uma de suas amantes, Maria Benedita, irmã da Marquesa de Santos.
– Isso é uma fantasia romântica. Os dois tiveram um caso, mas dom Pedro era escandaloso e seus romances eram escancarados. É mais uma lenda para deixar o personagem interessante – conta a escritora Isabel Lustosa, autora de “D. Pedro I – Um herói sem nenhum caráter”.

Em alguns locais, não há consenso sobre os possíveis usos do subsolo, como é o caso do túnel na Casa França-Brasil. No hall de entrada, uma tampa no chão de quase um metro quadrado pode ser retirada, permitindo o aceso ao subterrâneo. Lá embaixo, o calor é insuportável. Parte do caminho está alagado, já que o espaço tem ligação com as águas da Baía de Guanabara. Para alguns especialistas, o local pode ter sido esconderijo de escravos ou rota de fuga para a baía. Ali, em 1820, foi inaugurada a primeira Praça do Comércio.

Fonte: O Globo

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