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Sem tratamento de esgoto, vamos viver com a insegurança

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O aparecimento de surfactantes (detergentes) na água bruta que chega à Estação de Tratamento e Abastecimento do Guandu (ETA), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, se tornou a nova preocupação da população que já convive com o problema no abastecimento da Cedae há um mês. A estatal justificou que o detergente foi arrastado pelas fortes chuvas da noite do último domingo, mas segundo o professor da Coppe/UFRJ Paulo Canedo a chuva é apenas um dos alertas para uma questão que ainda pode piorar.

Conforme o especialista, a chuva forte na cabeceira dos três rios – Poços, Ipiranga e Queimados – aumenta de carga de poluentes perto do ETA Guandu. Já as altas temperaturas, que facilita as reações químicas e a proliferação de algas, é o segundo alerta do problema, que se intensifica quando no verão e com a junção dos dois estágios.

– Esses rios estão altamente poluídos. Quando junta as duas coisas, é possível e provável que aconteça algum problema, nesse caso, o detergente. A solução? Só tem uma única e exclusiva: não tem como fugir do saneamento das bacias nos rios Poços, Ipiranga e Queimados – afirma o especialista. – É uma obra que demora, o certo é demorar quatro anos. O que sabemos é que, se começarmos as obras hoje, que não acontecerão, pelo menos vamos viver quatro anos de insegurança. Enquanto não tiver tratamento de esgoto nos três rios, vamos viver com a insegurança.

Especialista sugere obra de emergência para ter água corrente do Guandu

 

Uma outra solução apontada pelo professor está no processo de deixar a estação de Guandu com água corrente e não estagnada. Hoje, o que chega são os três rios poluídos que são 30 vezes menores que o Rio Guandu. Eles formam uma espécie de lagoa pequena, esse esgoto que chega através deles propícia o surgimento de algas, detergente e outros problemas. Por isso, Canedo recomenda uma obra para mudar esse percurso.

– Hoje, esse pequeno lago é uma proliferação de problemas. O ideal seria que o Guandu invadisse o lago e tornasse a água corrente, fazer com que essa região não tenha essa água parada e estagnada. Com um trator, a companhia poderia abrir um buraco e a água ia conseguir invadir. Não é uma obra clássica, é de emergência para tirar da crise. Não vai solucionar a questão, mas vai acabar com a crise e evitar que a ETA Guandu seja fechada, como aconteceu agora – explica.
O professor lembra que o problema acontece há mais de 20 anos e nada foi feito pela estatal para solucionar. Além do problema crônico de segurança hídrica, foi criado uma desconfiança entre a população com o fornecedor. Para Canedo, só agora a companhia está se comportando de forma melhor, tentando retomar a confiança, algo é imprescindível.

– Compare o dia de hoje, com a situação do detergente, com a os dias do início, com a geosmina. A situação é diferente. É a primeira vez quem denunciou foi o povo, enquanto a estatal não falava nada, escondia a situação. A Cedae permitiu e induziu a população a ficar pensando nas piores coisas.  Agora ela foi inteligente, chamou a atenção para argila e fez o mesmo com o detergente. Estão tentando retomar a credibilidade e a confiança com o consumidor, algum imprescindível nesse processo – afirma o professor da UFRJ.

 

FONTE: O GLOBO

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