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O metrô e os síndicos

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As obras da Linha 4 estão interferindo na vida dos moradores?

Uma obra pequena incomoda muita gente. Uma obra grandona, sem previsão de término, que influencia milhares de moradores, incomoda, incomoda, incomoda muito mais! Qualquer tipo de obra gera desconforto, por menor que seja e por maior que seja a boa vontade de quem precisa executá-la. Às vezes, pequenas obras no condomínio, ou mesmo no vizinho, causam transtorno por conta do barulho, do entra e sai de pessoas, da poeira, dos cheiros fortes, enfim, se existem, nessas pequenas intervenções, muitos motivos para incomodar os demais condôminos, imagine em uma obra que mexe com vários bairros, centenas de condomínios e a vida de milhares de pessoas? Pois este é o cenário atual de alguns bairros do Rio de Janeiro.

A Linha 4 do Metrô vai ligar a Barra da Tijuca a Ipanema, passando por seis estações: Nossa Senhora da Paz, em Ipanema; Jardim de Alah e Antero de Quental, no Leblon; Gávea; São Conrado e Jardim Oceânico, na Barra. Todo o projeto, incluindo a localização de cada estação, foi definido com base em estudos técnicos que levaram em conta critérios de engenharia, segurança, comodidade para os usuários e sustentabilidade.

O governo do estado do Rio de Janeiro é o responsável pelas obras de toda a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, e a construção é executada por dois consórcios: o Linha 4 Sul, responsável pela obra entre Ipanema e Gávea, e o Rio Barra, que constrói o trecho entre a Gávea, incluindo a estação, e o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca.

O projeto foi licitado em 1998, as obras, iniciadas em 2010 e a previsão atual é que, no primeiro semestre de 2016, a nova linha já esteja em operação, com capacidade para transportar mais de 300 mil pessoas por dia, com o trajeto entre Barra e Ipanema estimado em cerca de 13 minutos. Assim como acontece com as Linhas 1 e 2, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa. Mas para que tudo isso aconteça e beneficie a população carioca, os moradores dessas regiões estão passando por muitos problemas. Como será que os síndicos estão administrando tudo isso?

Paulo José dos Santos, síndico designado pela CIPA para atender o Condomínio Albuquerque, na Zona Sul da cidade, conta que, apesar da movimentação das obras e do consequente incômodo vindo delas, os síndicos estão sendo muito bem atendidos pelos representantes do governo e das concessionárias construtoras: “A gerência geral da Linha 4 nos apresentou o planejamento estratégico de impacto na vizinhança, que envolve todos os condomínios diretamente ligados à obra. No nosso condomínio foram feitos, no início das obras, um levantamento de toda a estrutura, logística dos moradores e mapeamento do statu quo e entregue um laudo técnico de vistoria. Além disso, é medido, diariamente, o impacto geológico no terreno e nas bases do prédio. Interagimos diretamente com eles no caso do surgimento de algum problema em que haja a possibilidade de vínculo direto ou indireto com a obra. O condomínio tem recebido todo o suporte necessário em tempo real.”

O Consórcio Linha 4 Sul (CL4S), responsável pelas obras entre Ipanema e Gávea, afirma que o diálogo é permanente desde o início das obras. “Há reuniões frequentes entre os representantes do governo do estado e dos consórcios construtores com moradores, síndicos e associações comerciais e de moradores. A Linha 4 do Metrô também abre as portas para visitas guiadas e recebe moradores interessados em conhecer os canteiros. É por causa dessa relação de transparência que os profissionais estão sempre próximos aos moradores do entorno das obras e da população em geral. Antes de qualquer serviço extraordinário ou intervenção viária, por exemplo, é feita uma comunicação direcionada à população, por meio de panfletos informativos. E, a cada dois meses, é divulgado o Informe Linha 4, publicação destinada à comunidade. Os exemplares são distribuídos nos bairros onde ocorrem as intervenções”, afirma a assessoria do CL4S.

Transtornos, sim, apoio também

Apesar de todo o apoio recebido, Paulo José dos Santos demonstra preocupação com as obras no entorno do prédio. “Nosso condomínio está em frente a um dos canteiros de obra com funcionamento diário, trânsito de caminhões e pessoas e perfuração de solo. A maior preocupação como síndico são os abalos sísmicos, decorrentes da obra, no solo do condomínio e seu impacto na estrutura de sustentação do prédio. Por isso busquei, em reunião com a gerência do Metrô, entender o desenvolvimento do projeto, seus riscos e a dinâmica da obra e suas fases. Recentemente, fomos notificados sobre a interrupção de acesso de carros para a garagem por 90 dias. O Metrô apresentou um plano de contingência, alegando estar chegando à fase de perfuração e do uso do Tatuzão, que escava e perfura rocha. O plano contempla um suporte logístico com manobristas 24 horas, que transferem os carros para uma área de estacionamento em frente ao condomínio. Busquei entender o problema para levar informações aos moradores. Também conseguimos que parentes em permanência no condomínio sejam contemplados com as vagas”, afirma.

Para um comerciante cuja loja está bem no meio das obras e que prefere não se identificar, está tudo muito organizado, mas as obras prejudicaram demais o comércio local. “Todos os lojistas estão recebendo ajuda de custo para pagar o aluguel, mas nem mesmo isso compensa o prejuízo que estamos tendo. Desde que a obra começou, o movimento diminuiu demais e, mesmo com toda a sinalização, não conseguimos recuperar nossos clientes. Para ter uma ideia, nos últimos meses, várias lojas baixaram as portas, pois apenas a ajuda para o pagamento do aluguel não é suficiente. Precisamos arcar com os salários dos funcionários, além do pagamento de outras contas, e, com o movimento baixo do jeito que está, não há como manter tudo isso. Os clientes não querem se meter no meio das obras para comprar alguma coisa. Quem ainda não fechou está arcando com muitos prejuízos. Estamos loucos para que essas obras terminem e possamos voltar a lucrar”, desabafa o empresário.

Segundo o CL4S, o Programa de Negociação e Compensação está previsto no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e ratificado no Projeto Básico Ambiental da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro. O programa prevê medidas compensatórias aos comerciantes frontalmente impactados e aos que estão na área de influência direta das obras, objetivando atenuar os efeitos das obras e suas interdições. Dentre essas medidas, está o ressarcimento de 30% a 60% do valor do aluguel, pago mensalmente. “O Consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas obras entre Ipanema e Gávea, mantém uma equipe em contato permanente com os comerciantes da região afetada pelas intervenções, para acompanhar os casos e levá-los ao governo do estado para avaliar as solicitações de apoio, conforme critérios preestabelecidos”, afirma o porta-voz dos consórcios construtores.

Ainda segundo o mesmo porta-voz, a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro é a maior obra de infraestrutura urbana em execução na América Latina e emprega mais de 9 mil funcionários na construção de 16 quilômetros de túneis e seis estações. “Os consórcios construtores sempre buscam gerar o menor impacto para os moradores e comerciantes do entorno dos canteiros. Para minimizar o dano das obras no entorno, a Linha 4 do Metrô mantém diálogo permanente com a comunidade, a fim de entender suas necessidades e encontrar formas de atendê-las sempre que possível”, afirma.

O Consórcio Linha 4 Sul colocou sinalização especial nas áreas próximas aos canteiros de obra no Leblon e em Ipanema, para indicar a localização de todas as lojas e orientar a população. Em vários pontos dos tapumes, foram instaladas iluminação reforçada e câmeras de segurança. Além disso, os tapumes costumam ser enfeitados de acordo com a época do ano. Em dezembro, por exemplo, o entorno dos canteiros de obra da Antero de Quental, do Jardim de Alah e da Igarapava recebeu decoração natalina. Nas passagens de pedestre, em frente às lojas do Leblon, havia iluminação festiva, vasos com plantas e até um tapete vermelho. As calçadas e marquises no entorno dos canteiros também estão sendo revitalizadas. A iniciativa do Consórcio Linha 4 Sul faz parte do compromisso de apoiar os comerciantes do Leblon. Com o objetivo de reduzir o incômodo, o consórcio também instalou proteção acústica para os geradores de energia, para diminuir o ruído, equipou os caminhões com sinais de ré luminosos para que, durante a noite, possam desligar o alarme sonoro dos veículos, e utiliza equipamentos novos, que emitem menos ruído, além de realizar manutenção permanente neles. Além disso, nos canteiros do consórcio, foi instituída a Campanha Antirruído, que promove, a cada dois meses, palestras para conscientizar os trabalhadores a cola-

Dúvidas? Informações?

Para dúvidas ou informações, moradores podem ligar para 0800-0210620. A ligação é gratuita e o atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30, e aos sábados, das 9h às 13h. O Consórcio Construtor Rio Barra (CCRB), responsável pelas obras entre a Barra da Tijuca e a Gávea, também presta esclarecimentos à população por e-mail: [email protected] Na Zona Sul, próximo aos canteiros de obra, há centrais de atendimento à população, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 9h às 16h. Para facilitar e agilizar o atendimento aos moradores, uma central de atendimento móvel (trailer) acompanha, na superfície, o trajeto do Tunnel Boring Machine (TBM), o Tatuzão.
A população também pode se informar pelos canais digitais da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca–Ipanema) no Twitter (twitter.com/metrolinha4) e o blog oficial (www.metrolinha4.com.br).

Bem estar e segurança
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